Documento usado como prova de roubo de merenda some da Secretaria de Educação de SP
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Por Meu Timão
Apesar do envolvimento em mais um episódio de brigas e violência nas ruas de São Paulo no último domingo, as torcidas organizadas do Corinthians parecem cada vez mais ter razão de cobrar rigidez nas investigações da máfia das merendas escolares, supostamente encabeçada pelo deputado tucano e ex-promotor Fernando Capez. Conforme apontado em reportagem do jornal Folha de S. Paulo, um documento tido como importante prova contra os políticos envolvidos no esquema de superfaturamento sumiu da Secretaria de Estado da Educação.
O documento foi obtido pelos investigadores da operação Alba Branca, que apura o pagamento de propinas em contratos superfaturados de merenda das escolas administradas pelo governo de Geraldo Alckmin. Tal papel era uma espécie de pedido de reequilíbrio financeiro de um contrato da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar) com o governo estadual tucano. Em outras palavras, prova de que políticos combinavam formas de aumentar o valor dos contratos propositalmente.
A Corregedoria-Geral do Estado de São Paulo foi quem descobriu o sumiço do documento e agora é responsável pelas investigações. O corregedor-geral Ivan Agostinho, que se manifestou sobre o assunto em entrevista à TV Globo, disse que a última funcionária que teve acesso ao papel não soube explicar como o papel "desapareceu". A Secretaria da Educação do Estado informou que também investiga o assunto e pediu um membro da Corregedoria para acompanhar o processo.
Vale lembrar que, desde a primeira denúncia envolvendo o nome de Fernando Capez no esquema de corrupção de merendas escolares, a Gaviões da Fiel iniciou uma série de protestos nas ruas e nas arquibancadas cobrando punição ao ex-promotor. Capez tentou, ao longo de anos, banir torcidas organizadas dos estádios de São Paulo, se tornando assim inimigo número um das uniformizadas.