Jô fala sobre polêmicas em sua saída do Corinthians em 2022 e deixa futuro em aberto
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Por Meu Timão
Jô fala sobre possível retorno ao Corinthians e defende gratidão que sente pelo clube
Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians
O atacante Jô, ex-Corinthians, não esconde a admiração que nutre pelo clube mesmo após sua saída conturbada em 2022. Hoje no Amazonas, o jogador, que desistiu da aposentadoria anunciada no ano passado, defendeu que seu único sentimento em relação ao Timão é a gratidão. Ele ainda não descartou um possível retorno ao clube do Parque São Jorge. .
"A minha palavra que resume perante ao Corinthians é gratidão. Eu não tenho outra palavra a não ser isso por tudo o que eu passei dentro daquele clube, por onde eu comecei. (...) Do futuro a gente não sabe, de fato. Quem sabe. Talvez eu voltando a jogar agora eu possa fazer esse jogo de despedida. Ou não, porque a gente não pode cravar uma coisa, porque hoje eu defendo as cores do Amazonas, e aqui eu me sinto muito bem. Então, se for meu último clube o Amazonas, farei o jogo aqui de despedida, senão, se for um outro lugar, enfim. Mas agora meu pensamento é só no Amazonas", disse o atacante em entrevista à Rádio Craque Neto.
Jô deixou o Corinthians pela porta dos fundos em 2022, quando o time ainda era comandado por Vitor Pereira. Depois de várias polêmicas envolvendo alguns comportamentos do antigo camisa 77, a torcida começou a cobrá-lo e ele, então, decidiu deixar o clube. Porém, segundo ele, sua saída aconteceu pensando no grupo corinthiano, que poderia ser prejudicado. Jô tinha contrato com o Timão até junho de 2023.
"Como eu já expliquei das outras vezes, ficou uma situação um pouco insustentável. Eu não falo nem todos os torcedores, alguns torcedores pegaram um pouco no meu pé. Primeiro foi a chuteira verde que não era verde, depois foi o resort na época da pandemia, que era o resort que estava liberado, eu estava na minha folga, Dia da Mulher, com a minha esposa, aí depois foi o pagode e eu estava machucado, não estava em atividade... enfim. Foi uma série de coisas que, para não prejudicar o grupo, eu optei em sair por amor ao clube, amor aos meus companheiros, e não atrapalhar a trajetória que eles estavam indo, porque senão ia ficar uma coisa meio que insustentável", contou o jogador.
O atacante voltou ao Corinthians para sua terceira passagem em junho de 2020 após rescindir seu contrato com o Nagoya Grampus, do Japão, time para onde Jô migrou depois de deixar o Timão em 2017. Embora sua última experiência vestindo a camisa corinthiana não tenha sido tão boa, ele carrega boas lembranças dos seus anos dourados pelo clube, e diz que ficou marcado pela sensação de que, se tivesse permanecido na equipe em 2018, poderia ter feito mais.
"Eu queria ter jogado a Libertadores no ano seguinte, mas como eu falei, recebi uma proposta irrecusável. Claro que talvez poderia ter a chance maior de ser campeão ali da Libertadores, mas era para ser assim, não tinha como. Eu fui para o Japão, fui muito feliz no Japão. Mas ficou aquele gostinho sim, claro, de ter ficado, ter jogado a Libertadores. Eu estava vindo muito bem. Mas, assim, eu conversava com o Carille e falava 'cara, poderia sim ter ficado'. Mas como eu falei, acabou acontecendo, e era isso, era o destino. Não tinha como", afirmou.
Entre seu retorno e sua saída definitiva, Jô viveu várias mudanças no Timão. Ao chegar, ainda em 2020, foi comandado por Tiago Nunes, mas logo em setembro viu o comando técnico ser assumido por Vagner Mancini quando o time brigava contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Em 2021, uma nova alteração: saiu Mancini e chegou Sylvinho, que foi substituído menos de um depois por Vitor Pereira. Segundo ele, as trocas constantes de comissão técnica foram um fator determinante para o insucesso daquele time.
"Acho que a troca um pouco de técnico naqueles momentos ali acaba não atrapalhando, mas deixando de progredir mais rápido na situação. Porque quando você está com um treinador, você pega o esquema do treinador mais rápido, você consegue ter um trabalho duradouro, você entrosa mais rápido, você entende o trabalho dele mais rápido. Teve duas trocas, duas ou três trocas, ali. E acaba às vezes não deixando o trabalho andar, porque aí você tem que pegar a filosofia de trabalho do outro treinador, então acaba às vezes atrapalhando", defendeu Jô.
Mesmo no Amazonas, Jô não deixa de acompanhar e de torcer pelo Corinthians e por seus ex-companheiros. O atacante ainda se colocou à disposição para um retorno para poder realizar seu jogo de despedida.
"Mas como eu falei mais uma vez, estarei sempre torcendo pelo Corinthians e sempre pronto para poder, de repente, como eu falei, se tiver que voltar um dia, fazer esse jogo de despedida, quem sabe, mas vamos deixar no futuro aberto", concluiu.
