Meu Timão

Sou corintiano antes de brasileiro.

Não torço pela Seleção Brasileira desde 1998, quando tinha 10 anos. O último momento que torci foi durante a Copa de 2002, mas mais pelos jogadores que lá estavam e que eu gostava muito de acompanhar... Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos, Edílson, Ricardinho, Vamp, Luizão, Dida, Marcos, Cafu...

Passei a torcer pela Seleção Portuguesa, pois é a origem da minha família.

Torço também pela Argentina. Sempre admirei a raça e o amor a camisa de seu país que eles demonstram. Isso é inegável. A grande maioria deles prefere defender a Seleção a defender seus clubes. Diferente dos jogadores da Seleção Brasileira. A maioria dos brasileiros não joga com raça, é chorão, cai-cai... E isso vem de tempos, desde que Ronaldo, Cafu, Roberto e companhia saíram da Seleção. O argentino tem raça, tem vontade, seu torcedor não para de gritar durante os 90 minutos, como pude testemunhar assistindo in loco Argentina x Irã no Mineirão. Se vaiar, só após o jogo.

Não sou melhor e nem pior do que ninguém por torcer contra a Seleção Brasileira e torcer por Portugal e Argentina. Assim como torço por quem está jogando bem e um futebol agradável, como torci pela Alemanha e Holanda na Copa 2014. E isso não me impede de assistir a um jogo do Brasil na TV e nem no Estádio, se assim for a minha vontade. Nada me impede de torcer a favor ou contra.

E não é mico torcer pelo país vizinho, é apenas liberdade de torcer por quem eu quero. Se é obrigação torcer pelo país que eu nasci (e nunca me deu nada). Se fosse assim, valeria a teoria do meu avô, santista, teria que torcer pelo Santos e não pelo Corinthians, uma vez que nasci na cidade.

Eu me sinto livre para escolher para quem eu quero torcer, assim como escolhi o Corinthians, escolhi Portugal e Argentina para me representar. E isso não é mico. Mico é não respeitar a opinião e a opção dos outros.