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Post de Gabriel no fórum "Off topic" do Meu Timão

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2017 - Uma Jornada Que Entrou Para A História

2017 talvez tenha sido o ano mais “Corinthians” de todo o passado recente. Um início de ano que nos remetia aos piores dos anos da imensa história deste clube de pouco mais de 107 anos. Desconfiança, lamentações, falta de esperança... Logo após o final da temporada de 2016 (que foi pífia se levado em consideração o histórico recente do clube), o cenário era ainda menos animador. A diretoria não havia encontrado UM técnico sequer que fosse de renome, seria preciso então efetivar o “novato” Fábio Carille, que só havia atuado como auxiliar técnico até então.
Em busca de reforços o cenário era tão ruim quanto, não conseguimos trazer nem os jogadores que já eram “apalavrados” conosco, segundo a mídia. Era chapéu atrás de chapéu. Assinaram então com o atacante Jô, que veio de graça por estar sem clube, o famoso “só tem tu, vai tu mesmo”. Prometeram Drogba, trouxeram Clayton. Prometeram Pottker, trouxeram Clayson. Realmente o cenário não era dos melhores. Um pouco de esperança chegou junto com Jadson, que vinha da China, 10 quilos mais gordo do que quando foi pra lá. Só estaria em forma “plena” depois do Paulistão.
Se nos bastidores a realidade já era horrível, em campo fizeram questão de piorar. Atuações de arder os olhos resultaram nas primeiras derrotas da temporada, contra Santo André (em plena Arena) e Ferroviária. Com o fraco futebol veio a desconfiança da torcida, que pela primeira vez colocou menos de 20 mil pessoas na Arena. Isso ainda ocorria por mais 2 vezes pelo menos.
Era isso, time fadado ao fracasso e sendo alvo de pesadas críticas da mídia. Surgiu assim o famoso apelido de “a 4ª força”.
Com um cenário apocalíptico desses, a equipe de Carille resolveu responder na bola. A torcida respondeu: Apoio não faltaria, desde que houvesse raça e força de vontade!
E foi assim que, num Corinthians x Palmeiras eletrizante (que contou com um erro absurdo de arbitragem contra o Corinthians, no qual foi expulso por engano o volante Gabriel, sendo que ele nem no lance estava), que Jô, o rei dos clássicos, marcou o único gol do jogo, aos 42 minutos do 2º tempo, consagrando a suada vitória do Timão, e mudando a opinião de muitos da mídia sobre o elenco corinthiano, afinal, além de ter se provado aguerrido, aquele time mostrou-se organizado e fatal nos contra-ataques, características que levou até o fim da temporada.
Após o clássico, tanto a imagem quanto a confiança do time mudaram. Agora os rivais enxergavam o Corinthians como um time difícil de se enfrentar e perigoso de se atacar.
Desta forma o Corinthians foi vencendo um a um e os rivais tiveram que assistir do sofá nossa primeira conquista do ano, o Campeonato Paulista, exatamente no ano em que se comemorou os 40 anos da épica conquista do Paulistão de 1977, que tirou o Corinthians de uma fila de 23 anos sem títulos. E pra deixar tudo mais espetacular, a final seria com a Ponte Preta, mesmíssimo oponente daquela final de 1977.
Logo no primeiro jogo o Coringão brocou, 3x0 sem dar chances de reação à Ponte, que só conseguiu o empate no segundo jogo, consagrando o título do Corinthians, assim como mandava o figurino e a numerologia.
Após o Paulistão estava claro que o Corinthians não seria um time fácil de se combater, mas sempre insistiram nas desculpinhas de que “o parmera não tá ligando para o paulistinha, nós queremos Libertadores...” “o Santos já ganhou muito Paulistão nesses últimos anos, agora queremos a Libertadores...” (os são-paulinos não tiveram muito o que falar porque o time deles já estava numa tiriça absurda desde logo), mas uma coisa era unanimidade, todos diziam que o Corinthians logo perderia, pois no Brasileirão enfrentaria os “times de peso” do país.
Aparentemente sem se preocupar, o Corinthians foi lá e fez... Melhor 1º turno da história do campeonato, série de 34 jogos invicto, melhor ataque, melhor defesa, menor número de faltas e cartões... O Corinthians jogou MUITO no 1º turno do campeonato! Mas como tudo no Corinthians é na base de sofrimento, era óbvio que estava muito fácil para ser verdade... Tão óbvio que Renato Gaúcho cravou: Esse time ainda vai despencar!
Despencou... Tecnicamente o elenco parecia outro na volta do campeonato, depois de 15 dias de “folga” por causa das eliminatórias para a Copa do Mundo. Perdemos para o lanterna e para o vice-lanterna em apenas uma semana. Logo depois teríamos mais um clássico, pela 23ª rodada, contra o Santos. Chance de reabilitação! Perdemos... 2x0 e sem jogar bem novamente.
O Corinthians perdeu a regularidade, e foi até a 31ª rodada apresentando um futebol fraco e perdendo pontos de maneira inacreditável. Parecia, mais do que nunca, que o título poderia sim escapar de nossas mãos, o que era inimaginável a 13 rodadas atrás, quando até os rivais já davam como certo que o título seria nosso.
O próximo jogo faria a fiel perder o sono por 7 dias. Porque depois de perder para a Ponte Preta, que estava em péssima fase e na zona de rebaixamento, teríamos que enfrentar nosso maior rival, que vinha em ascensão no campeonato e era o 2º colocado, podendo inclusive passar o Corinthians se vencesse o clássico na Arena Corinthians.
PRESSÃO. MUITA PRESSÃO. Era o jogo da vida para ambas as equipes. Foi aí que a Fiel mostrou o porquê de seu apelido: encheu seu estádio para acompanhar o treinamento do dia anterior ao clássico, passando a energia positiva de 32 mil pessoas que estiveram presentes naquele sábado, no que ficou marcado na história como o maior público em um treinamento, mas muito mais do que isso, uma intensa prova de amor e incentivo incondicional da torcida perante seu clube.
No domingo, o Corinthians jogou MUITO mais uma vez. Abriu 3x1, e “administrou” o resultado, que acabou em um 3x2 com requintes de sofrimento. Era o Corinthians mais uma vez favoritíssimo ao título! Favoritismo que se confirmou depois das vitórias sobre Atlético-PR (fora de casa) e Avaí (na Arena). Somando-se aos tropeços dos potenciais candidatos ao título, o Corinthians teria apenas que vencer seu próximo jogo, contra o Fluminense, na Arena Corinthians. A tarefa não era exatamente fácil, mas a confiança depositada nos jogadores era tanta que o título parecia ser apenas uma questão de tempo.
Foi assim que, no dia 15 de novembro de 2017, feriado de Proclamação da República, o Corinthians foi pra cima do Fluminense, que faria questão de vender caro a sua derrota, pois logo no primeiro minuto de jogo abriu o placar, para o sofrimento ainda maior da torcida alvinegra. Depois de um 1º tempo muito nervoso, o Corinthians voltou com tudo para a segunda etapa. Em 3 minutos fez dois gols e administrou, desta vez com enorme competência, a vantagem no placar, liquidando o jogo aos 40 minutos do 2º tempo, com gol de Jadson.
Depois disso foi só comemorar, aquele time que começou o ano sob enorme desconfiança e desacreditado por muitos, sagrava-se campeão brasileiro! O sétimo do Corinthians, sendo assim o maior vencedor desde o começo do Campeonato Brasileiro.
2017 veio para provar que o Corinthians não é movido a craques, habilidade e admiração da mídia. O Corinthians nunca foi e nunca será o “queridinho”. O Corinthians teve que lutar, assim como nos primeiros anos de sua história, quando foi barrado pela elite paulistana que se negava a permitir que disputássemos seus campeonatos; assim como em 1977, quando enfrentamos todos os perrengues possíveis para sair daquela terrível seca de títulos, que nos impediu de disputar os campeonatos nacionais da época, mas não impediu nossa torcida de crescer e se tornar a maior de São Paulo e toda a Região Sudeste; assim como em 1982, quando Sócrates e companhia criaram a Democracia Corinthiana, que promovia igualdade e dava poder de decisão a todos os funcionários do clube, em pleno período militar... Sim, o Corinthians é sinônimo de batalha. Mas também é sinônimo de raça e perseverança, assim como é também de carrinho na chuva, pique de 100 metros aos 45 do 2º tempo, sangue no olho e tapa na orelha! O Corinthians é essa mistura de povos, credos, gostos e costumes. É essa mística que só quem já presenciou a Fiel empurrando o Corinthians num estádio, seja este em São Paulo, no Nordeste ou no Japão, sabe o que é. Corinthians é Corinthians, nada se equipara e nada me faz tão bem em todo o mundo. Eu amo esse time e tudo o que vem com ele também. O sofrimento, o ódio de praticamente todo o resto do Brasil, a zoeira dos amigos, as inúmeras injustiças promovidas pela mídia... Ser Corinthians é aceitar tudo isso e seguir em frente. É ser amigo do flanelinha, do seu colega de trabalho e do dono da firma do mesmíssimo jeito. Só quem é sabe o que é ser Corinthians. Não dá pra ser meio, um terço ou um pouco corinthiano... Ou é ou não é. Obrigado Corinthians, por ser essa irmandade e, sobretudo, obrigado por me escolher para fazer parte do bando de loucos. Salve o Corinthians!

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