A vitória não é só o único ponto importante a se ressaltar do jogo apresentado pelo Corinthians, nesta tarde, contra o Fortaleza. Os 36.219 torcedores presentes na Neo Química Arena viram um time de branco mais contido no primeiro tempo, mas que amassou os rivais no segundo.

O técnico Sylvinho começou o jogo com dois volantes, o que prejudicou o time ofensivamente, mas deu sustentabilidade no campo de trás e foi o suficiente para impedir que os cearenses criassem uma jogada de muito perigo ao gol de Cássio.

O que não pode ser deixado de lado é a entrada de Gustavo Mosquito, substituindo Gabriel Pereira - que novamente não atuou bem. O camisa 19 melhorou (e muito) o time, fazendo boas jogadas pela ponta, obrigando o lateral-esquerdo rival a não subir mais para o ataque e se preocupar na marcação. O fato é: pelo menos até Willian retornar de lesão, Mosquito é DONO da ponta esquerda.

Além disso, gostaria de destacar o desempenho de outros dois jogadores: Róger Guedes e Cantillo. O camisa 123 do Timão foi o que mais buscou jogadas e alternativas - o que mais evidencia isto é o número de faltas sofridas por Guedes hoje... (momento de suspense)... NOVE!

O volante colombiano, por mais que oscile em algumas partidas, fez a diferença nesta tarde. Quando entrou, não teve medo e permaneceu no campo de ataque na maioria do tempo. Vale lembrar que, como está convocado para defender a Colômbia nas eliminatórias, será desfalque nos próximos três jogos (Atlético-MG, Cuiabá e Flamengo).

Renato Augusto foi outro que, mesmo jogando fora de sua posição principal, conseguiu uma boa atuação. Quando Jô entrou, fez o papel do homem de referência e liberou Renato para voltar ao cargo de meia-armador, então, sobrou.

Precisamos também falar sobre Giuliano. O camisa 11 tem características de um meia que joga perto da área e ao mesmo tempo que arma, chuta a gol. Nos últimos jogos, é perceptível que ele está jogando ao lado de Gabriel, mais na marcação do que na criação de jogadas - papel este que Cantillo pode exercer, por ser um segundo volante.

Ao fim, então, volto a falar de Du Queiroz. Ainda que marcador, o garoto fez um ótimo jogo, atuando à frente do círculo central e - vira e mexe - até tabelando ao lado de GP. Não se intimidou!

Encerro fazendo um alerta, mas parabenizando Sylvinho hoje: eu não iniciaria o duelo com dois volantes, entretanto quando precisou mexer, mexeu e de forma correta.

Partida boa para ir com moral até Minas Gerais na quarta-feira e confrontar o líder Atlético-MG.

Quando falamos em sete jogos de invencibilidade, soa como uma sequência perfeita, de resultados, elogios e alegria. Pois bem, a do Corinthians não vem sendo desta forma.

Nos últimos sete jogos, de fato, não perdemos nenhum. Porém, empatamos quatro - jogando mal - sendo três em sequência. Contra Juventude, Atlético-GO e América-MG, o resultado foi o mesmo: 1 a 1. E, por incrível que pareça, os jogos também foram similares.

O técnico Sylvinho, muito cornetado e criticado pela torcida do Corinthians, é o principal 'culpado'. Jô por Mantuan, Gabriel por Xavier, Fábio Santos por Lucas Piton: por que essas mexidas não são executadas e se alguma é, acontece restando pouco para o apito final? Por que insistir com Jô na frente e Gustavo Mosquito e Renato Augusto no banco? Muitas coisas precisam ser revistas no estilo de jogo do Sylvinho.

Perdendo para o América que é - com todo o respeito - mais fraco que o Corinthians, dentro de casa, precisando vencer para brigar no topo da tabela, Sylvinho gastou apenas três substituições, enquanto o adversário usufruiu das cinco possíveis. Em momento algum nosso técnico mudou o esquema do time para buscar a vitória e, aparentemente, se contentava em empatar e esfriar o jogo. Falta atitude, ousadia e vontade para Sylvinho no Corinthians.

Pense: Sylvinho é 'maior' que medalhões como Jô, internamente, para tirá-lo do time? Jô foi titular contra o América por merecimento ou apenas pelo fato de estar completando 250 jogos pelo clube?

O que realmente acontece nos treinos? Só treinos táticos iguais e enfrentamentos entre o próprio elenco? Por que não convidar um time do interior para um jogo-treino, fazendo Renato Augusto, Willian e Róger Guedes pegarem ritmo de jogo e disputa? Aproveitando que o time joga uma vez por semana, já que está apenas no Brasileirão, por que não promover treinos diferentes, outras formações, outros estilos e sair um pouco da mesmice (que já vimos que não vem funcionando).

A diretoria diz que o técnico tem apoio e respaldo nos bastidores, mas sabemos que se não sairmos vitoriosos no Dérbi de sábado, a chapa esquenta (e muito).

[Coluna de: Pedro Mendes]

Um resumo do Corinthians nesta segunda-feira MAIS QUE AGITADA!

Roger Guedes, depois de quase três meses buscando rescindir seu contrato com o Shandong Taishan (CHI), conseguiu a liberação e está livre no mercado. Corinthians e estafe do jogador devem se reunir até a próxima quarta-feira e um anúncio pode vir a acontecer até sexta. O acerto deve contar com um contrato até 2024 e luvas diluídas no salário.

O Corinthians fez uma consulta informal pelo atacante Willian, sem espaço no Arsenal (ING). O jogador, que sequer foi relacionado para as primeiras duas partidas dos Gunners na Premier League, causa insatisfação na diretoria inglesa que deseja emprestá-lo. Sua família e o próprio jogador dão preferência a times europeus, mas há o interesse Corinthiano.

Mateus Vital, reserva do time de Sylvinho, tem empréstimo encaminhado ao Panathinaikos, da Grécia. O acordo, então, deve levar o seguinte cenário: empréstimo de uma temporada, 100% do salário pago pelos gregos e valor de compra fixado em 4 milhões de euros (aproximadamente R$ 25 milhões na atual cotação).

Timão também encaminha outro negócio: a contratação do goleiro Carlos Miguel - considerado o arqueiro com a maior estatura do Brasil. O jogador, que deixou o Internacional nesta semana, viria para substituir Caíque França. A diretoria do Parque São Jorge deseja negociar Caíque com um time onde ele tenha oportunidades, o que não acontece no Corinthians.

[Por: Pedro Mendes]
#PortalCorinthiano

18 de agosto de 1926 - uma data histórica para o Sport Club Corinthians Paulista. Neste dia, o terreno do Parque São Jorge era adquirido pelo clube e se tornaria sua primeira sede oficial.

O então presidente Ernesto Cassano, no 6° Tabelião de Notas de São Paulo, assinou o documento de aquisição do terreno de 45 mil metros quadrados no bairro do Tatuapé, onde o Timão faria história por muitos anos.
A imprensa nacional, sem saber da dimensão que tal alcunha tomaria, apelidou o local de 'Fazedinha'.

No período em que o Corinthians comprou a Fazendinha, o terreno era um lugar muito arborizado, ao lado do Rio Tietê - na época, ainda despoluído. Um campo de futebol com arquibancadas, salão de dança, campo de tênis e uma praça de esportes formavam o trabalho arquitetônico perfeito para o início da jornada do Todo Poderoso Timão.

A reinauguração e a estreia do alvinegro no local aconteceria apenas em 1928, já que o lugar passou por reformas e mudanças. Com a incrível defesa formada por Tuffy, Grané e Del Debbio, o Timão empatou com o América-RJ em 2 a 2, no dia 22 de julho.

O empresário que acabara de auxiliar financeiramente o clube a viabilizar a compra do terreno foi homenageado com o apelido do estádio de futebol. Seu nome? Alfredo Henrique Oscar Schürig, ou apenas Alfredo Schürig. Pouco depois, em 1930, Alfredo seria nomeado presidente do clube e, mesmo sem ser um admirador do futebol, se tornou um grande nome do Corinthians, antes de sua morte, em janeiro de 1941.

[Redação por: Pedro Mendes]

Entrou aos 17 minutos do segundo tempo e marcou um golaço aos 22, porém a reestreia de Renato Augusto pelo Corinthians nos mostrou mais do que isso.

Embora tenha subido o nível do time, com tabelas ao lado de Giuliano, Renato ainda mostra 'sequelas' físicas por ter ficado oito meses sem jogar - sua última atuação havia sido pela Liga Chinesa, no dia 10 de dezembro do ano passado.

A vontade que o camisa 8 tinha de vencer já é perceptível em sua entrada, quando já beija o escudo na camisa e, quando tocou na bola, 'empurrava' o time para frente. Vale ressaltar que, no momento que Renato entrou na partida, teve de fazer o papel de segundo volante, onde estava quando marcou seu gol. Mas, assim que Sylvinho coloca o Marquinhos e o Xavier no jogo, aos 30 minutos, Giuliano recua no campo e Renato começa a tabelar com o Jô, mais avançado, tendo Mateus Vital e Marquinhos como opções de jogada.

O que isso mostra? Que Renato Augusto pode atuar (bem) em qualquer posição do meio-campo.

Como dito anteriormente, Renato não atuava em uma partida há meses, e isso faz a diferença. Se comparado a sua melhor forma física, atualmente o meia pode ser considerado 'lento' ou até 'pesado' - esse detalhe, no entanto, já era esperado pela comissão técnica e até pelo jogador.

De acordo com o portal de estatísticas, SofaScore.com, o jogador teve os seguintes números: 28 minutos jogados, duas finalizações, uma interceptação de passe, uma falta sofrida e 23 passes certos (aproveitamento de 88%), além do gol marcado.

Fora isso, vale lembrar que o Corinthians teve mais posse de bola na partida de hoje (69% a 31%). Sabe o motivo? A presença de Renato Augusto e Giuliano. Antigamente, Gabriel era quem ficava muito com a bola no meio-campo corinthiano, porém era desarmado diversas vezes e errava passes. Com os dois um pouco à frente, o camisa 5 tem outras opções de passes e não é obrigado a prender a bola consigo, em um momento de contra-ataque, por exemplo.

[Redação por: Pedro Mendes]