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Calma, nem tudo é volante

Ramiro não é volante, ainda assim tem contratação questionada por parte da Fiel

Lucas Uebel/Grêmio FBPA

O piloto automático na hora de reclamar

Opinião de Andrew Sousa

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No futebol, há duas coisas que nunca agradam uma torcida inteira: as decisões do treinador e da diretoria. Quando o assunto é Corinthians, a tônica não é diferente. Em época de transferências, a Fiel constantemente se revolta por uma ou outra chegada - para não dizer das saídas. Os argumentos vão sendo replicados sem parar e acabam se tornando verdade para imensa maioria dos alvinegros.

Na atual janela, a crítica tem sido uniforme: todos se mostram insatisfeitos com o alto número de volantes buscado pela direção do clube. Todo e qualquer rumor com um jogador da posição ganha tom de reprovação rapidamente. O problema é quando isso chega ao ponto de não fazer qualquer filtragem.

Nesta quinta-feira, por exemplo, o interesse do Corinthians em Ramires, excelente jogador do Bahia, foi amplamente questionado. O motivo: em seu "crachá", o jovem meio campista carrega a alcunha de volante. No futebol atual, porém, a nomenclatura não pode ser vista de forma tão definitiva. É preciso conhecer o jogador para entender se ela faz, de fato, algum sentido.

Durante a atual temporada, quando estourou na equipe profissional baiana, Ramires não jogou nenhuma vez na função "de origem". Mesmo assim, a Fiel se revolta e o coloca na mesma prateleira de Richard, anunciado no início da semana - esse sim é volante de ofício e chega para a posição que tem Ralf e Gabriel.

Reprodução/WhoScored

Como se não bastassem as críticas infundadas em relação a Ramires, há quem também questione a chegada do polivalente Ramiro, ex-Grêmio, anunciado na tarde desta quinta-feira. Volante de origem, o atleta de 25 anos se transformou em um meia de lado de campo nas últimas temporadas - sendo essencial na conquista de uma Libertadores atuando justamente pelo lado direito do campo.

Mesmo com essa mudança de posicionamento e apenas uma partida como volante no Brasileirão 2018, parte dos alvinegros foi à internet para comentar as piadas de sempre: "É uma concessionária?"; "Um time de volantes?". Precisamos ver mais do que a "etiqueta" de um atleta em sites de pesquisa.

Reprodução/WhoScored

Competente para a função, Ramiro é desses jogadores "operários", que sabe trabalhar com a bola mas se destaca pelo trabalho tático. Com ele, a chance do futebol de Fagner ser potencializado é bem grande. O ex-gremista pode, inclusive, ser uma peça de reposição para Romero, que parece distante de uma renovação.

Senso crítico é importante para a torcida, principalmente em um período que define qual time Fábio Carille terá em mãos na próxima temporada. É preciso, porém, avaliar de forma mais racional. Até aqui, só dois volantes reforçam o Timão para 2019: Richard e Camacho, que volta de empréstimo do Atlético-PR. Ramiro, já oficializado, faz outra função, assim como Ramires, de negociação difícil, mas que também está na mira alvinegra.

Mas não é muito? - Sim, temos um elevado número de volantes e talvez seja necessários que alguns deles deixem o clube. Mas para a função de Richard, por exemplo, Ralf já tem idade elevada e Gabriel, além de ter mercado, caiu muito de rendimento. O esquema de Carille pode contar com outros dois titulares entre o grupo dos "segundo volantes". Então, ter grupo é importante. Alguém vai sobrar, mas os nomes cogitados e confirmados chegam para jogar com certa frequência.

Veja mais em: Mercado da bola e Contratações do Corinthians .

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

Por Andrew Sousa

25 anos, formado em Jornalismo na Univali e fiel desde o primeiro de seus dias.

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