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Fantasy

Começando a monetizar no Brasil, os Fantasy Games faturam bilhões de dólares nos Estados Unidos

Reprodução / TV

Um velho mercado evoluindo no Brasil

Opinião de Danilo Augusto

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Hoje vou falar do Cartola FC, mas nada sobre dicas, ligas ou prognósticos para a próxima rodada. Vou falar é de dinheiro, ou melhor, de "marketing esportivo".

Os fantasy games, como são conhecidos os jogos tipo o Cartola, são relativamente recentes no Brasil, mas têm um mercado estabilizado e bilionário ao redor do mundo.

Início bizarro, bem antes da internet

Começou lá bem antes da internet, foi na década de 1950, com Golf (é, tem gente que acompanha). Ganhou novos adeptos com o Baseball, na década de 1980, mas só popularizou e atingiu o primeiro milhão de jogadores na década de 1990, com o futebol americano. De lá pra cá passou para o basquete, futebol, rugby, hockey. Hoje tem de qualquer coisa.

A foto abaixo mostra como funcionava, na década de 1960.

Brincadeira de adultos

Lá fora o lance é pra valer, literalmente. Tem jogos gratuitos, mas a grande maioria dos fantasy games é apostando algum dinheiro. Em geral, eles apostam por rodada. Começa em U$5 dólares, mas tem ligas mais caras, bem mais caras. O pote arrecadado é dividido entre os melhores colocados e as casas de apostas ficam com um pequeno percentual.

O negócio é tão sério que existe até uma associação internacional (Fantasy Sports Trade Association) que estima ter no mundo cerca de 30 milhões de jogadores, o dobro que o clássico "The Sims" teve no início dos anos 2000. Até mesmo a Yahoo tem uma divisão de apostas em Fantasy.

Mercado no Brasil

No Brasil, o game da Globo foi produzido em 2005. Ganhou popularidade com as chamadas em que os canais da emissora falavam sobre o jogo. Colocaram publicidade, foram melhorando o produto aos poucos. Agora, dez anos depois, em 2016, eles mudaram: fizeram o Cartola Pró, pagando mensalidade.

O ideal seria fazer um bolão, mas não pode. A lei brasileira enxergaria isso como jogo de azar. E se, ao invés de dar dinheiro, a Globo desse prêmios? Aí tudo bem, mesmo que seja vale-compras de 2 mil reais nas Casas Bahia (é esse o prêmio). Fica categorizado como um serviço, de mensalidade baixa, com opções para quem joga. Ideia genial.

Sendo lucrativo, a emissora fez mais propaganda do que nunca sobre o jogo. Agora são quatro milhões de jogadores, sendo 2.5% nesse esquema do Pró, gerando uma receita mensal de aproximadamente 600 mil reais: nada mal para o primeiro ano.

E o que o Corinthians pode ganhar com isso?

Se a Globo ganha dinheiro com isso, o Corinthians (e qualquer outro clube de futebol) também pode fazer o mesmo. O Real Madrid, por exemplo, tem o fantasy deles. A mesma empresa que fez para o Real Madrid aparentemente também fez pro Chelsea e para o Manchester City.

Enquanto a lei brasileira não liberar apostas, não vai vingar muito lucro na brincadeira, mas dá pelo menos para o projeto se pagar e criar uma interação a mais entre clube e torcedor.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

Por Danilo Augusto

Corinthiano e programador dedicado que tem um orgulho imenso de ter criado essa comunidade chamada Meu Timão.

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