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Um novo Timão?

Marcação alta no começo, reativo no final. Assim foi o Corinthians contra o Boca Juniors na Neo Química Arena

Rodrigo Coca / Agência Corinthians

Diferentes versões de um mesmo Corinthians pode ser o caminho para uma temporada de sucesso

Opinião de Marcelo Becker

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Para ter sucesso, um técnico de futebol precisa dispor de várias qualidades. Entender de tática, de jogo, é apenas uma delas. Saber gerir um grupo de pessoas de personalidades distintas é tão importante quanto. Nesta coluna, vou tratar daquele que talvez seja o maior desafio para um treinador; logo, algo que Vítor Pereira pode estar enfrentando no Corinthians.

Cada profissional carrega consigo convicções sobre o jogo. Maneiras, estilos, posturas táticas que gostaria que suas equipes impusessem nas partidas. Contudo, por mais convicto que o técnico seja quanto a isso, nem sempre é possível. Adaptar seu estilo de jogo às características dos atletas do elenco é imprescindível para o sucesso de um time.

Não adianta querer posse de bola, se os atletas oferecem verticalidade, por exemplo. Da mesma forma, não me parece o ideal optar por um estilo “perde/pressiona” a todo momento, se seus jogadores não conseguem executar tal exercício por pelo menos dois terços de um jogo.

Esse é justamente o ponto que o Corinthians me pareceu ter apresentado na vitória por 2 a 0 contra o Boca Juniors, em duelo válido pela Copa Libertadores disputado na noite de terça-feira, na Neo Química Arena. Vítor Pereira sempre deixou claro que busca ter uma equipe que marque alto, que controle a posse e as ações do jogo.

Mas, após confronto contra os argentinos, Filipe Almeida, auxiliar de Vítor Pereira, que comandou o Timão na área técnica, em entrevista coletiva após o jogo, falou o seguinte sobre a vitória corinthiana:

"Entramos forte procurando o gol, e era esse o objetivo. Logicamente, isso nos ajudou a continuarmos à procura do segundo. Se isso condicionou o adversário? Eu acredito que sim, condiciona qualquer equipe. A abordagem é diferente. No nosso caso, entramos fortes, mas penso que continuamos à procura do segundo e, mesmo depois do segundo, por questões estratégicas, abaixamos um bocado, mas a equipe sabia claramente o que tinha que fazer. Portanto, foi sempre um jogo controlado".

Sendo assim, após enfrentar algumas dificuldades neste ainda início de trabalho, talvez o técnico português abra mão um pouco de suas predileções de jogo e faça com que o Corinthians passe a atuar, por vezes, de forma reativa, com as linhas de marcação mais baixas e buscando contra-atacar, algo improvável até pouco tempo.

Este Corinthians precisa provar sua capacidade em grandes jogos. Vencer o Boca Juniors foi um bom indicativo, mas é preciso seguir evoluindo e buscar a melhor maneira de jogar com os jogadores disponíveis. Esse pode ser o caminho de uma temporada de sucesso do Timão.

Veja mais em: Corinthians x Boca Juniors , Libertadores da América e Vítor Pereira .

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

Por Marcelo Alexandre Becker

Gaúcho corinthiano desde agosto de 1981, formado em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo, com especialização em Jornalismo Esportivo na Faculdade Cásper Líbero. Atua na imprensa desde 2003.

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