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Andrés Sanchez e Tite, no treino do Corinthians, em 2010

Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians

Gobbi, Andrés, Roberto e Tite. O que rola nos bastidores da contratação do novo treinador do Timão

Opinião de Marco Bello

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A classificação do Corinthians para a fase pré-Libertadores da América dizimou qualquer dúvida que pudesse haver sobre o novo treinador do clube.

No momento, há três cabeças pensantes no futebol do Timão, com poderes de decisão. De um lado, o presidente Mario Gobbi, e sua predileção por Mano Menezes, apesar da amizade que tem com o ex-treinador Tite.

Ele foi voto vencido desde o começo. Ao bancar Mano praticamente sozinho, no final do ano passado, rachou o departamento de futebol. Os então diretores Roberto Andrade e Duílio Monteiro Alves foram a favor da saída de Tite, mas não da forma como aconteceu.

E Roberto não queria a contratação de Mano. O agora candidato da situação à presidência do Corinthians nunca escondeu o descontentamento com a contratação do treinador gaúcho, e inclusive foi este um dos principais motivos para que se desligasse do departamento de futebol, sendo substituído por Ronaldo Ximenes, um profissional fiel ao presidente Gobbi.

Roberto Andrade sempre teve um nome de preferência: Osvaldo Oliveira. Há uma forte amizade entre os dois, e uma admiração pelo trabalho do técnico que levou o Timão ao primeiro título mundial de clubes.

Mas o candidato da situação à presidência sabe de uma coisa importante: qualquer nome que assuma o comando técnico do time, que não seja o ex-treinador Tite, vai estar sob uma forte desconfiança. E aí voltamos para a primeira frase do texto. A pré-Libertadores não permite erros. E Roberto sabe disso.

Se ele contratar Osvaldo e o Corinthians for eliminado, a pressão vai cair sobre o presidente que fez a "escolha errada". Com Tite, será diferente. Em caso de uma possível eliminação precoce, o treinador tem prestígio suficiente para segurar sozinho a barra.

E aí entra o terceiro nome na história: Andrés Sanchez. O ex-presidente é consultado sobre qualquer decisão que o Corinthians toma. Mas a escolha de Mano no final do ano passado ruiu a relação do agora deputado federal com o presidente Mario Gobbi.

Uma relação que já estava estremecida virou uma amizade apenas de fachada. Andrés foi um dos principais responsáveis pela não renovação de Mano. E o motivo da frase do treinador: "ainda há muita trairagem no futebol".

O grupo ligado ao ex-presidente, que inclui os candidatos a vice na chapa de Roberto Andrade, faz forte pressão para o acerto com Tite, e tem como segundo nome o carioca Abel Braga. Nome que, assim como o de Osvaldo, perdeu força com a pré-Libertadores.

Só falta então um lado da história para que ela termine: Adenor Leonardo Bacchi, o Tite. Conversei ainda hoje com uma pessoa muito ligada ao técnico bicampeão mundial pelo Timão e, de primeira, posso dizer que Tite não pediu uma fortuna para acertar com o Corinthians.

O salário dele será igual ao salário que recebia em 2013 e igual ao salário de Mano em 2014. O que falta acertar é tempo de contrato e condições de trabalho. Tite quer um time competitivo. Quer contratações. Sabe da responsabilidade que terá ao voltar a dirigir o clube e não admite fracasso.

Fora as contratações de Cristian e Edilson, um zagueiro e um atacante, ele não quer que ninguém saia. Nem Ralf, nem Guerrero. Se o peruano quiser sair, o que parece ser a nova realidade, já que ele recusou uma proposta de R$ 10 milhões de luvas e R$ 500 mil de salário, um novo 9 tem que chegar. E um 9 para ser titular. Se a diretoria aceitar essas condições, Tite será anunciado até o dia 15 de dezembro como o novo treinador do Corinthians.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

Por Marco Bello

Marco Bello é jornalista, apresentador e repórter da Rede Transamérica de Rádio, setorista do Corinthians desde 2009

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