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Coluna do Mateus Pinheiro
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Quem deu certo?

Corinthians contratou 15 nomes para 2019. Quem se deu bem?

Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

O Corinthians contratou de baciada em 2019, mas quem deu certo?

Análise de Mateus Pinheiro

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No final de 2018 e começo de 2019, após definida a vinda de Fábio Carille ao Corinthians, a diretoria se movimentou para trazer reforços.

O ano anterior havia se configurado como um desastre e a chegada de nomes fortes se fez necessária. Acontece que nem tantos nomes fortes vieram, e as contratações vieram de "baciada".

15 atletas chegaram ao clube. Desses, apenas seis permanecerão para 2020. Afinal, quem foi bem e quem não foi?

Seguindo a ordem de chegada, acompanhe comigo a retrospectiva dos reforços do clube:

Michel Macedo

19 jogos – 1 gol, nenhuma assistência

Contratado para não comprometer como titular nas ausências de Fagner, Michel Macedo até conseguiu cumprir o papel.
Apesar de não se destacar, também não foi criticado em excesso quando esteve em campo.

Deve permanecer para 2020, com status de reserva.

Gustavo Mosquito

5 jogos – Nenhum gol, nenhuma assistência

Mosquito já foi uma grande promessa. Atuou em seleções de base e, por um momento, atraiu olhares do futebol. Mas essa já não é mais a realidade do jogador.

Não conseguiu jogar, e não se justificou como contratação. Nome que incomoda o torcedor, que já sabia que não daria certo.

Não à toa, foi emprestado novamente para 2020. Dessa vez para o Paraná.

André Luís

4 jogos – Nenhum gol, nenhuma assistência

André Luís surpreendeu no primeiro amistoso do ano, contra o Santos, na Arena Corinthians. Deu passe lindo para o gol de Gustavo. Mas parou por aí.

Não recebeu mais tantas chances, pouco fez quando jogou e integrou a extensa e incômoda lista de emprestados do clube. Atuou em 2019 pelo Fortaleza.

De volta ao clube, será negociado. Inclusive, tem seu nome especulado como parte do negócio por Michael, do Goiás.

Richard

16 jogos – Nenhum gol, nenhuma assistência

Richard chegou ao clube como líder em roubada de bolas do Campeonato Brasileiro de 2018. No Fluminense, como primeiro volante, se destacou pela agressividade e o estilo de jogo de “destruição”.

No Corinthians, porém, desapontou. Veio para uma posição que já tinha Ralf e Gabriel, ou seja, de maneira desnecessária, e ainda atuou mais do que o esperado: 16 vezes.

Por certo momento, foi o “queridinho” de Fábio Carille. Seu afobamento e erros crassos culminaram no empréstimo para o Vasco.

Em 2020, o volante deve seguir na Colina. Vasco e Corinthians negociam a permanência em novo empréstimo.

Ramiro

38 jogos – Nenhum gol, duas assistências

Ramiro foi, com facilidade, um dos jogadores mais criticados pela torcida do Corinthians em 2019. Campeão da Libertadores com o Grêmio, atuando aberto pela direita, o meio-campista decepcionou pela expectativa gerada. Inclusive, decepção pessoal desse que vos escreve.

O que acontece, no caso, foi o sacrifício de um jogador por um esquema. Em 80% dos jogos que atuou, Ramiro foi usado como volante. O jogador, no entanto, apesar da versatilidade, não tem como volante a sua primeira função. É chamado de maneira errada pela torcida como volante.

Ramiro é meia, e rende melhor aberto pela direita. Foi assim, pelos dois jogos da Sul-Americana contra Wanderers e Racing, que ele mais rendeu. Assim que Tiago Nunes vai querer usá-lo, e por ali que ele pode reeditar uma bela dupla com Luan em 2020.

Mauro Boselli

45 jogos - 10 gols, 3 assistências

Boselli chega ao Corinthians no momento em que a torcida mais ansiava por centroavantes. Após um 2018 tenebroso no quesito, o argentino chegou junto a Vagner Love e o retorno de Gustagol, artilheiro do Brasil no ano anterior.

Acontece que Boselli não caiu nas graças de Fábio Carille, não repetiu o desempenho de bicampeão da Libertadores e artilheiro mortal que foi por muito tempo em sua carreira e amargou o banco de reservas. De maneira justa, ou injusta, foi escanteado.

Quando voltou, esteve melhor. Assim, aquele que foi muito reivindicado pela torcida, terminou 2019 de maneira positiva. Em 2020, pode fazer dupla interessante com Luan no terço final de campo do Corinthians. Deve ser o último ano do argentino no Brasil, será que rende?

Sornoza

46 jogos – 1 gol, 11 assistências

Sornoza é um caso a ser analisado. O equatoriano chegou ao clube sem a expectativa de ser titular, como acabou sendo. No começo do ano, se destacou pela bola parada e pelo fluxo intenso de assistências, mas depois ruiu.

O que incomodou a torcida e acabou com sua passagem pelo Corinthians foi o desempenho com a bola rolando. Muitas vezes escalado como segundo homem do meio, aberto pela esquerda ou centralizado na segunda linha, não conseguiu fazer a bola chegar aos atacantes com qualidade. Ficou marcado pelo jogo estático, o passe de lado, e muitas vezes, pouca intensidade. Se não tinha o homem alto na área para receber seus passes, se tornava nulo.

O camisa 7, que já perdeu o número, não deve continuar. A LDU intensificou as negociações e o jogador aceitou receber menos para atuar no Equador. Fica marcado pelo passe magistral para Vagner Love na final do Paulista.

Manoel

56 jogos – 3 gols, nenhuma assistência

Ah, Manoel. A contratação que foi contestadíssima desde o primeiro segundo de especulação. Caro, por empréstimo, desnecessário. Mas pelo menos rendeu em campo, né? Não.

O camisa 3 do Corinthians foi mal em todos os jogos que disputou. Quando não foi mal, foi razoável, ao lado de um grande zagueiro como foi Gil. Quando esteve ao lado de Henrique, foi responsável pela melhor defesa do país na década se tornar motivo de piada.

Lento, apático, ruim na movimentação e posicionamento. Se limita a rebater e espanar. Foi salvo das críticas em momentos por ter marcado contra Palmeiras, São Paulo e Santos.

Manoel retorna ao Cruzeiro após final de empréstimo e não fará parte do elenco do Corinthians em 2020.

Vagner Love

59 jogos – 12 gols, 3 assistências

Love chegou depois do retorno de Gustavo e a chegada de Mauro Boselli. Assim, desde o início, foi considerado como desnecessário pela crítica comum da torcida. Mesmo assim, conseguiu em certos momentos do ano convencer.

Terminou 2019 com 11 gols e a vice artilharia do clube. Dessa maneira, conquistou o espaço para 2020 e deve seguir. Não pode ser a opção principal de centroavante, como não é, e também não pode atuar pelos lados, como foi forçado a fazer. Pode ser boa opção de reposição para Tiago Nunes.

Júnior Urso

50 jogos - 6 gols, nenhuma assistência

Urso pode ser divido em dois períodos: A.C.A e D.C.A (antes e depois da Copa América). Quando chegou ao CT Joaquim Grava logo foi utilizado como segundo volante quebrador de linha e elemento surpresa. Do jeito que chegou, esbanjando corintianismo, falando bem, atuando acima da média do elenco em campo, dava sinais de idolatria projetada.

Acontece que depois da Copa América, ou melhor, no período D.C.A, se machucou, não voltou mais e acabou “pagando a língua”, como costumam dizer. Na época defendia Fábio Carille, e após sua saída, começou a disparar indiretas ao treinador nas entrevistas. Não pegou bem.

Em 2020, atuará no Orlando City, dos EUA. Não imaginava que fosse deixar o clube, mas será reposto por Victor Cantillo e a volta de Camacho.

Régis

5 jogos – Nenhum gol, nenhuma assistência

Pedido por Fábio Carille, Régis serviu da mesma maneira que havia servido para o treinador na Arábia: como coringa de treino. Nos Emirados não podia atuar por problemas contratuais. Já no Corinthians, não atuou porque não quiseram Carille e Coelho.

Como estava emprestado ao clube, não será comprado e retorna ao seu clube.

Bruno Méndez

6 jogos – Nenhum gol, nenhuma assistência

Aos 20 anos, Méndez chegou como promessa, com convocações para a seleção principal do Uruguai. E ainda é. Nos treinos, pareceu seguro e raçudo, no bom e velho estilo uruguaio. Em campo também, mas foi pouco testado.

Com a preferência clara dos treinadores por Manoel, o clube não fez força para evitar nenhuma das convocações de Bruno no ano. Assim, perdeu diversos momentos da temporada cedido a diversas categorias da seleção uruguaia.

Em 2020, segue no clube como opção para reserva. Com a provável saída de Marllon, disputa posição com Pedro Henrique e Léo Santos pela vaga de titular. Tanto ele quanto Léo Santos perderão o começo da temporada por lesão.

Everaldo

9 jogos – 1 gol, nenhuma assistência

Se destacou no Fluminense no Campeonato Carioca e veio com expectativa ao Corinthians. Afinal, a necessidade por jogadores de beirada assombra o clube desde o final de 2017.

Se machucou muito, não conseguiu jogar e nem deve estar fisicamente pronto para o começo da próxima temporada.

Mesmo assim, ainda existe expectativa no futebol do jogador, nem que apenas como alternativa de velocidade. Lembrando que Clayson deve deixar o clube.

Gil

35 jogos – 1 gol, 1 assistência

Talvez o melhor jogador do clube no ano, mesmo com vinte jogos a menos. Com certeza a melhor contratação. Gil voltou ao Brasil ainda melhor do que quando saiu, campeão brasileiro e melhor zagueiro do país.

Sério, absoluto, e com posicionamento acima da média, mesmo sendo forçado a jogar com Manoel ao seu lado. Responsável direto pela boa defesa do clube no ano.

Fica em 2020 e é um dos pilares da equipe. Tiago Nunes agradece por ter um jogador como Gil no elenco.

Matheus Jesus

9 jogos – Nenhum gol, nenhuma assistência

Mais uma compra sem necessidade e sem explicação. Numa posição que não era carência. Foi comprado após bom Paulista, mas pouco foi escalado por Fábio Carille.

Aparentou estar acima do peso e abaixo fisicamente quando esteve em campo. Fez um único bom jogo no ano, contra o Montevideo Wanderers, no Uruguai.

Foi comprado pelo Corinthians por obrigação de contrato e já está sendo negociado com o RB Bragantino. Não fica para 2020


E para você, Fiel, quem foi o melhor? E o pior?

Veja mais em: Elenco do Corinthians .

Por Mateus Pinheiro

Jornalista e Analista de Desempenho. Passagens por Band, ESPN, Globo Esporte e Meu Timão. Confie no processo.

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