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A fala de VP

Vítor Pereira está no comando do Corinthians desde fevereiro deste ano

Rodrigo Coca / Agência Corinthians

Talvez jornalistas e torcedores não estejam preparados para tanta sinceridade que vem de Portugal

Opinião de Rodrigo Vessoni

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Quando Vítor Pereira foi contratado, viralizou aquela coletiva dele na Arábia que bate de frente com um tradutor. Torcedores do Corinthians e parte da imprensa adoraram a sinceridade do português. Teve até quem me mandasse "Cuidado, Vessoni. O homem é bravo!".

Vítor Pereira veio ao Brasil e seguiu o mesmo. Ele já falou que o Corinthians poderia estar brigando contra o rebaixamento se não fosse os jovens; disse que ele errou feio em escalação; bateu firme na falta de intensidade do Guedes; disse que Jô estava três quilos acima do peso; disse que queria estar no Liverpool; disse que o Flamengo era melhor; disse que a diretoria errou no planejamento ao contratar quatro jogadores para mesma posição (Paulinho, Luan, Renato e Giuliano) - diretoria ouviu tudo na primeira fileira da sala de imprensa -; disse que a pré-temporada da equipe foi ruim; lembrou a idade avançada de parte do elenco, entre outras declarações sinceronas.

Vítor Pereira falou após o Dérbi o óbvio: ele não teme perder o emprego porque, ao contrário de boa parte dos treinadores brasileiros, não trabalha pela manutenção do mesmo, fazendo algumas coisas no dia a dia que muitos treinadores brasileiros fazem e nós odiamos. Exemplo: manter jogador que não está bem (fisicamente ou tecnicamente) por ser um medalhão e líder do elenco.

Não vou entrar na questão do lance da "conta bancária" que foi citado por ele. Óbvio que não foi legal, beirou a idiotice e foi desnecessário. Mas a mensagem dele na resposta foi apenas "faço meu trabalho com minhas convicções, vou agir assim pensando em acertar, quero o bem da equipe e não apenas para segurar meu emprego". Nada mais do que isso.

Talvez jornalistas e torcedores não estejam preparados para tanta sinceridade que vem da Europa. Abel Ferreira, por exemplo, chegou a dizer que se o Rony fosse bom tecnicamente estaria no Real Madrid, não aqui no Palmeiras. Os portugueses são assim. E não mudarão. Ou acostumamos ou perderemos fios e mais fios de cabelo.

Bem, é isso.

Veja mais em: Vítor Pereira .

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

Por Rodrigo Vessoni

Formado pela FIAM, trabalhou na Rádio Transamérica e, por 12 anos, no LANCE!. Neste momento, também é repórter da Rádio 9 de Julho, SP (AM 1600). Participa ainda, quando chamado, de programas na TV.

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