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Pragmatismo

Cássio, Renato Augusto e Gil jogando contra o Independiente Del Valle, no Equador

Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Corinthians vai ter que priorizar a Sul-Americana, mas não pela taça

Opinião de Tomás Rosolino

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Usando o jargão do momento nas redes, quem me conhece sabe que eu considero a Copa Sul-Americana um torneio paupérrimo. Uma junção de times muito ruins que podem disputá-la mesmo tendo um desempenho horroroso no ano anterior. Estádios vazios, clubes pequenos, tudo por uma ode idealizada ao continente. O Paulista é muito maior.

Posto isso e espero que deixando claro o que penso do torneio, a Sul-Americana vai ter que ser prioridade do Corinthians. Não pela taça, não por ser em Montevidéu nem pela possibilidade de jogar um clássico com duas torcidas após quase dez anos.

Também não me venham com o papo cafona de ser o título que falta para o clube, para o Cássio. Um lenga-lenga danado. Mas porque 2024 depende disso.

Explico:

  • O Corinthians não deve conseguir se classificar para a Libertadores via Brasileiro. Para isso, teria de obter cerca de 60% de aproveitamento até o final da competição. Seriam cerca de 15 vitórias, sete empates e sete derrotas nos duelos que restam. Convenhamos, você acredita?
  • Também por isso, o Corinthians não tem vaga garantida na Copa do Brasil do ano que vem por ter caído nas quartas do Paulista. Para entrar, precisa que dois entre Palmeiras, São Paulo e Red Bull Bragantino assegurem vaga na Libertadores do ano que vem via Brasileiro - ou ele próprio. No cenário atual, apenas o Palmeiras é uma certeza aí.
  • Apesar de estar vivo na Copa do Brasil, Corinthians provavelmente teria de passar por Palmeiras ou Flamengo para ser campeão. No mínimo, avançar em um clássico na semifinal contra São Paulo ou Palmeiras.

Dessa forma, a Copa Sul-Americana é o único caminho do Corinthians para a Copa do Brasil e a Copa Libertadores de 2024 sem que o clube tenha que melhorar subitamente seu desempenho nem passar por rivais que jogam um futebol muito melhor. Seriam dez jogos de nível razoavelmente questionável para ter um calendário aceitável para 2024.

Ah, mas e o rebaixamento? Olha, se o Corinthians não for capaz de fazer 37 pontos em 29 jogos (43% de aproveitamento ou 10 vitórias, sete empates e 12 derrotas, por exemplo) e ainda assim avançar numa copa de qualidade questionável, um 2024 com Paulista e Brasileiro (Série A ou B) no calendário é o que diretoria e elenco merecem.

Ou seja, que os jogadores façam o mínimo: não perder para o tenebroso Liverpool do Uruguai dentro de casa e se classificar para a Série B da América do Sul. Dali, ser pragmático e pensar no futuro - de quebra, ainda pode ganhar o título que uma galera acha importante.

Veja mais em: Campeonato Brasileiro , Copa do Brasil e Copa Sul-Americana .

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

Por Tomás Rosolino

Tomás Rosolino é jornalista faz um tempo. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, ex-Agora SP e Gazeta Esportiva. Hoje no Meu Timão. Vejo muito esporte, todo dia, o dia todo.

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