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Corinthians abre escolinhas no Rio para superar o Flamengo no tamanho da torcida

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Corintianos invadindo o Rio não é uma novidade. Em 1976, os torcedores do Timão colocaram mais de 70 mil torcedores no Maracanã, na chamada invasão corintiana contra o Fluminense na semifinal do Campeonato Brasileiro. Agora, a investida é mais ousada. Para se tornar a maior torcida do Brasil, o Bando de Loucos chegou ao Rio e já tem mais de 20 escolinhas no estado, com 1.500 alunos. O Flamengo que se cuide.

O filho de Claudio Oliveira, que interpreta o "Romário" do programa "Zorra Total", treina em uma das escolinhas do Corinthians e já mostra carinho pelo Timão.
— Sou Mengão, mas gosto do Corinthians — diz Lucas, de 5 anos.

Chamado de Chute Inicial, o projeto começou em 2010 e não tinha o Rio de Janeiro como foco. O presidente do time paulista na época, Andrés Sanchez, não acreditava que, em um estado com quatro times grandes, um time de fora pudesse fazer sucesso.

— O Andrés me disse: "Corinthians no Rio? Você está maluco! Aí tem Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense". Mas ele gostou e deu uma força. Tem em todos os estados. Deu certo porque o Corinthians não tem rejeição. Um vascaíno não joga no Flamengo e vice-versa — conta Jailton Moreira, coordenador de nove filiais do Timão no Rio.

O título mundial em cima do Chelsea, e, principalmente, a invasão corintiana no Japão contribuem cada vez mais para o Rubro-negro ver o rival paulista no retrovisor.

— A marca Flamengo é muito forte. Se fizer uma pesquisa nas escolinhas, a grande maioria é Flamengo. Aos poucos vai mudando. Acho que a torcida do Flamengo ainda é a maior, mas a distância já diminuiu ainda mais com essa invasão no Japão. Os garotos sempre comentam — conta o coordenador da escolinha de Nova Iguaçu, André Ribeiro.

A organização das escolas corintianas também é um diferencial. Na escolinha do Corinthians, a regra é clara: quem tem as melhores notas entra no campo quando o Timão joga no Rio. Com organização e paixão, o Timão já busca o Flamengo. Até mesmo em praias cariocas, já que, ainda este ano, o clube abrirá uma filial na areia, em Copacabana.

Projeto já vem dando frutos

A prova de que o Corinthians já está mexendo com o coração de seus pequenos jogadores é Leandra Berçot, de 14 anos. A menina é torcedora do Fluminense, mas tem uma quedinha pelo time do Parque São Jorge.

— Sou tricolor, mas quando o Corinthians joga com o Fluminense prefiro não torcer por ninguém. — diz.

O futebol é um esporte machista, em quem mulheres dificilmente são aceitas. Embora os meninos não gostem muito, Leandra afasta qualquer tipo de preconceito quando a bola rola.


— Jogar com as meninas é mais tranquilo porque muitas vezes, com os meninos, quando você faz uma jogada boa, na seguinte eles não tocam a bola de volta — explica Leandra, que sonha em ser uma grande jogadora:

— Em campo, esqueço meus problemas — completa a adolescente.
A mãe de Leandra, dona Luzia, é coruja. Ela acompanha quase sempre os treinos da filha e conta que ela já passou por maus bocados.

— No início, eu não aceitava. Falava para ela parar de jogar, que podia se machucar. Mas ela me convenceu.

As escolinhas do Corinthians no Rio começam a dar frutos. Dois meninos estão em São Paulo, fazendo testes no clube campeão do mundial. Brendon, de 14 anos, e Paulo André, de 15, homônimo do zagueiro corintiano. Prova que a organização pode trazer dividendos preciosos aos times.

Fonte: Jornal Extra

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