O desastre da semana passada, na Arena Corinthians, que culminou na morte de dois operários, deixou todas as pessoas envolvidas na obra abaladas. Na terça, porém, a Fifa apareceu com um consolo: o estádio poderá ser entregue em fevereiro.
É claro que o aumento no prazo -; a obra deveria ser entregue até o fim deste mês, segundo a Fifa -; não trará as vidas de Fábio Luiz Pereira e Ronaldo Oliveira dos Santos de volta, mas, ao menos, garante mais tranquilidade para a sequência das operações em Itaquera.
'Não estamos entrando no modo crise ou procurando alternativa a São Paulo para realizar a abertura do Mundial. Haverá tempo para as obras. Claro que não será como o previsto. São Paulo e Curitiba só devem ser entregues em fevereiro', comentou o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke.
A abertura do Mundial, marcada para o dia 12 de junho, também está mantida no local. A menos que aconteça outro desastre, o jogo inaugural da principal competição de futebol do mundo será no Fielzão.
'Houve um acidente em São Paulo e temos de lamentar a perda de duas vidas. Quanto ao dano, será reconstruído e estará pronto. É uma questão de confiança e fé', completou o presidente da Fifa, Joseph Blatter.
preocupação/ Essa atitude da Fifa não é por benevolência. A entidade não tem um plano B para a abertura e impedir que o estádio fosse entregue em fevereiro poderia lhe causar mais problemas do que soluções.
A entidade, aliás, não está nem um pouco tranquila com as outras obras em andamento.
Maracanã (Rio), Mineirão (Belo Horizonte), Fonte Nova (Salvador), Arena Pernambuco (Recife), Castelão (Fortaleza) e Mané Garrincha (Brasília) já estão prontos, mas seis estádios ainda não foram terminados.
Beira-Rio (Porto Alegre), Arena Amazônia (Manaus), Arena das Dunas (Natal), Arena da Baixada (Curitiba), Fielzão e Arena Pantanal (Cuiabá) não acabaram e apenas os três primeiros devem ficar prontos até o término de dezembro.
'Curitiba é o estádio em que enfrentamos mais problemas. Não vai ser entregue antes do fim de fevereiro de 2014 e isso é fato', falou Valcke.
Fonte: Diário de São Paulo