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Ronaldo Ximenes, diretor de futebol, e Edu Gaspar, gerente do clube, no CT durante o protesto

Reginaldo Castro

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Diretor do Corinthians não descarta retomar diálogo com organizadas

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O Corinthians ainda não sabe qual será a postura com as torcidas organizadas a longo prazo. Apesar da invasão ao CT Joaquim Grava no último sábado, que provocou pânico entre funcionários (uma faxineira e um roupeiro foram agredidos) e dura resposta dos jogadores, o diretor de futebol Ronaldo Ximenes preferiu ser cauteloso ao comentar o caso e não descartou retomar o diálogo com representantes das uniformizadas em um momento posterior.

De acordo com o dirigente, os responsáveis pelos momentos de terror no centro de treinamento não eram líderes das facções, mas sim a “parte de baixo”.

– É uma grande polêmica se vale ou não vale. Conseguimos por um bom tempo e nunca teve nada disso, sempre foi civilizado. A própria torcida perdeu o controle. Hoje não tem diálogo, mas não digo para sempre. Por enquanto não tem clima para conversa – disse, em entrevista coletiva.

á a Polícia Militar, temendo novos problemas, aumentou o efetivo de segurança para o jogo desta quarta-feira contra o Bragantino, no Pacaembu. Em reunião com a Polícia Militar e a Federação Paulista de Futebol, lideranças das principais torcidas organizadas do Corinthians também se comprometeram a não fazer qualquer manifestação violenta antes, durante e depois do jogo desta quarta-feira. Um documento foi assinado por todas as partes após reunião na segunda-feira.

Paralelamente a isso, o presidente do clube, Mário Gobbi, vai levar as imagens do circuito interno do CT à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, no centro de São Paulo, nesta quarta-feira. À tarde, Gobbi levará os mesmos documentos ao Ministério Público e será recebido pelo promotor Roberto Senise Lisboa. Parte do material não pôde ser aproveitado porque algumas câmeras falharam.

Na gestão do presidente Mário Gobbi, que comanda o Corinthians desde o início de 2012, a relação do clube com as torcidas organizadas era boa. Líderes das uniformizadas eram recebidos pelo ex-diretor de futebol Roberto de Andrade e pelo gerente Edu Gaspar constantemente. Em diversas oportunidades os próprios jogadores foram chamados para conversar com torcedores, que expunham a revolta nos momentos mais críticos.

A postura dos jogadores foi bem mais rígida que a da diretoria. Em carta aberta divulgada no site oficial do clube do Parque São Jorge, os atletas tratam os invasores como “marginais” e, mesmo admitindo o mau futebol recente, repudiam os atos violentos ocorridos no CT. O atacante Paolo Guerrero foi “esganado” por um torcedor e uma faxineira também foi agredida por corintianos que buscavam os atacantes Emerson Sheik e Alexandre Pato.

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