Nessa quarta-feira, o vice-presidente do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg compareceu no programa Arena SporTV num debate sobre marketing e patrocínio no futebol.
O programa também convocou o Rui Barbosa, diretor de futebol do São Paulo e Fábio Wolff, consultor de marketing esportivo.
Confira os tópicos respondidos pelo Rosenberg:
Exposição negativa
Segundo o vice-presidente do clube, o valor de um patrocínio da camisa é calculado em cima da exposição que a equipe aparece na mídia. E quando um incidente como uma briga de torcida é divulgado, o valor de um patrocínio é reduzido consideravelmente por conta da exposição negativa que a marca acaba levando junto.
A opinião do Rosenberg foi unanimidade e os convidados do programa citaram como exemplo a briga entre torcedores de Vasco e Atlético-PR, em 2013. Dias depois a patrocinadora Nissan cancelou o patrocínio do clube carioca.
Sobre o marketing atual
Quando a pauta era a dificuldade dos clubes brasileiros em encontrar patrocínio (5 dos 20 clubes da Série A estão sem patrocínio master na camisa), Rosenberg citou como empecilhos o cenário atual da economiza brasileira e até mesmo a Copa do Mundo. Segundo o VP, em ano de Copa, empresas que querem ligar seu nome ao futebol, acabam optando por patrocinar o próprio evento, o que gera escassez de dinheiro para os clubes.
Luis Paulo relembrou a criatividade do Marketing do clube que conseguiu montar uma rede com mais de 120 lojas, e uma presença imensa em outros setores, desde equipe de polo e cruzeiro marítimo a campanhas de defesa de ecologia
Quem é dono do Corinthians?
Rosenberg citou a dificuldade do clube em satisfazer a todos os corinthianos. Segundo o vice-presidente, existe três grupos de "donos" do clube, com exigências completamente diferentes.
Existe um grupo de aproximadamente 10 mil sócios do clube, que frequentam o Parque São Jorge, elegem o presidente e pagam mensalidade. Para os sócios, a prioridade pode, por exemplo, ser uma reforma numa piscina.
O segundo grupo, são os corinthianos que vão no estádio. Esses, esperam ingressos baratos, um bom estádio, acessível, o programa de sócio torcedor e facilidade nas compra de tickets, um grupo de aproximadamente 200 mil pessoas.
E o terceiro e último grupo são o restante dos 30 milhões de torcedores, esses não compram ingressos, não frequentam o clube, mas esperam que o clube conquiste títulos dentro de campo.
Questionado pelo apresentador, sobre pra que grupo ele prefere focar, Rosenberg disse na hora: "eu prefiro os 30 milhões".
Provocações
Sempre polêmico, Rosenberg nunca perdeu uma chance de alfinetar o rival. Durante o programa ele citou que espera que o Corinthians consiga cerca de 40% do faturamento oriundo do estádio, afinal o clube investiu muito na obra, mas segundo o VP: "o Santos 'coitado', o clube deveria esquecer o estádio e focar em vender jogadores".
Outra provocação foi quando o diretor de marketing do São Paulo doou uma camisa para o programa. Rosenberg disse que não precisava doar porque a camisa do Corinthians já é bastante conhecida.
No final do programa, o apresentador até estranhou e disse que esperava mais provocações. Foi quando Rosenberg terminou com a alfinetada final: "pois é, eu pareci um bambi né?" e olhou pro lado, claramente brincando com o diretor do clube do Morumbi.