A troca de provocações entre Alexandre Pato e Corinthians chegou ao fim. Emprestado ao São Paulo, o atacante deverá retornar ao Timão no início da próxima temporada, a menos que receba uma proposta superior a 25 milhões de euros . Em entrevista coletiva, o presidente do clube alvinegro, Roberto de Andrade, tratou de selar a paz com o jogador.
“É uma bobagem criar desgaste em uma relação que tem vínculo contratual. Pode ter cara feia, pode ficar de bico, mas se tem vínculo vai ter que vir para cá. Todo mundo tem que pensar melhor, não vamos desvalorizar o que é nosso”, ponderou o dirigente corinthiano.
O tom amigável do cartola é semelhante ao de Alexandre Pato, que foi sincero ao falar sobre sua situação – em boa fase na temporada, o atacante já deixou claro inúmeras vezes o desejo de permanecer no time do Morumbi. No entanto, caso o São Paulo não realize a compra, o atleta volta para o Parque São Jorge onde tem contrato até o fim de 2016.
“Tenho que jogar mais 30 dias aqui e, se o São Paulo não se interessar, tenho de ver minha vida, meu futuro. Se o São Paulo não tiver possibilidade, tenho obrigação de sentar com o Corinthians, que tem meus direitos, e ouvir o outro lado”, declarou Pato, após a derrota por 3 a 1 para o Santos, na quarta, pela Copa do Brasil.
A pretensão do Corinthians, porém, é negociar o atacante com algum clube do Velho Continente . Para isso, a cúpula alvinegra conta com a influência do empresário Kia Joorabchian , que mantém forte relação com dirigentes de equipes internacionais. Questionado sobre o assunto, Pato foi direto.
“Vou ser muito sincero: aconteceu meu encontro com o Andrés e com o Kia , com meus empresários também. As pessoas falaram muita coisa que não sabem sobre isso, mas eu preciso resolver minha vida”, revelou o atleta. Para Roberto de Andrade, as conversas entre Pato e Corinthians serão mais bem discutidas daqui para frente.
“Ele busca o que é melhor pra ele, nós buscamos o que é melhor pra nós. Se puder juntar as vontades, melhor. Vamos fazer as coisas como gente grande, procurar o que é melhor para ele e melhor para nós. Se pudermos juntar as duas vontades, ótimo, é o que vamos buscar juntos”, concluiu.