Atual campeão brasileiro, o Corinthians já sabe o quanto deve lucrar com a venda de jogadores na próxima temporada. De acordo com o orçamento de 2016 , o clube do Parque São Jorge planeja embolsar em torno de 45 milhões com repasses de direitos federativos – um valor considerado alto para o futebol brasileiro.
Para efeito de comparação, o departamento financeiro estimou um faturamento de R$ 38 milhões em 2015 com a mesma receita. Ao mesmo tempo, o investimento no departamento de futebol segue inalterado – a estimativa é que o Timão, mesmo com a disputa da Copa Libertadores da América pela frente, gaste R$ 10 milhões em reforços para o elenco.
Ao assumir a presidência do Corinthians, em fevereiro deste ano, Roberto de Andrade deixou claro que sua prioridade é organizar as finanças do clube. Comprometido com a promessa, o dirigente teve de abrir mão de jogadores renomados, como Paolo Guerrero e Emerson Sheik, além de quitar pendências de direitos de imagem com parte do grupo de atletas.
A meta, no entanto, deve ser alcançada caso Alexandre Pato seja negociado. A diretoria corinthiana não vê com bons olhos o retorno do atacante e mantém a expectativa de vendê-lo a algum europeu. A pedida do Timão, segundo Andrés Sanchez, é de 15 milhões de euros – aproximadamente R$ 65 milhões na cotação atual.
No início de 2013, o Corinthians anunciou a compra de 100% dos direitos econômicos de Pato pelo mesmo valor em euros – cerca de R$ 40,5 milhões na época. Para facilitar a transação entre o clube paulista e o Milan (ITA), o atacante dispensou o pagamento de luvas. Em contrapartida, a cúpula alvinegra se comprometeu a ceder 40% de um eventual negócio ao próprio atleta.
Diante disso, caso Pato fosse vendido por 15 milhões de euros hoje, o financeiro corinthiano receberia R$ 39 milhões, ou seja, mais de 86% das cifras esperadas com repasses de direitos federativos para a próxima temporada. Faltariam, portanto, apenas R$ 6 milhões para atingir a projeção inicial.