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Zé Aparecido foi principal personagem do título de 1993 do Palmeiras sobre o Corinthians

Reprodução/Ednilson Valia

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Vergonha

Árbitro da final de 93 admite falha em lance que culminou em título palmeirense

Por Meu Timão

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Um dos lances mais emblemáticos da história do clássico entre Corinthians e Palmeiras voltou à tona esta semana, dias antes do primeiro duelo entre as equipes pelo Brasileirão 2016. Lembrado pela polêmica arbitragem da finalíssima do Campeonato Paulista de 1993, José Aparecido de Oliveira recordou a falha cometida por ele a qual culminou no triunfo do time da Barra Funda: a não expulsão do atacante Edmundo.

No dia 12 de junho daquele ano, corinthianos e palmeirenses voltaram a medir forças pela decisão estadual no estádio do Morumbi. Antes do intervalo, quando a equipe da Barra Funda vencia por 1 a 0, uma jogada protagonizada por Edmundo e Paulo Sérgio marcou o Derby. O atacante do Palmeiras deu um carrinho violento no lateral alvinegro, mas, em vez de ser expulso, acabou advertido pelo juiz José Aparecido apenas com o cartão amarelo.

Posteriormente, Edmundo permaneceu em campo e foi determinante para as expulsões do goleiro Ronaldo e do meio-campista Ezequiel, ambos do Corinthians, além de sofrer um pênalti na prorrogação. Hoje, quase 23 anos após o fatídico embate, Zé Aparecido reconhece que foi complacente e que teria de ter mostrado o cartão vermelho ao atleta do Palmeiras.

“Provavelmente eu poderia ter expulsado (o Edmundo) se eu tivesse visto a falta num outro ângulo, se eu tivesse visto o lance, tivesse no ângulo que me permitisse ver a expressão do Edmundo, da entrada que ele deu no Paulo Sérgio”, lamentou Zé Aparecido, em entrevista ao UOL Esporte.

Aos 64 anos, o hoje advogado afirma que teve a carreira manchada pelo erro e que, inclusive, chegou a ser ameaçado por indivíduos que diziam torcer pelo Timão, fato que fez até sua família mudar de cidade. “Eu tive alguns problemas com os corintianos, mas eu sempre fiz questão de falar assim: 'o Corinthians foi um dos times que mais ganhou comigo apitando'. O que aconteceu com o Corinthians e comigo é o que vem acontecendo agora: ganha, ganha, ganha e o jogo que precisa ganhar não ganha, aí alguém era culpado. Os principais jogos, que provavelmente o Corinthians deveria ganhar para avançar, ele, às vezes, perdia e tinham que achar um culpado”.

Atual campeão nacional e líder da edição 2016, o Corinthians se prepara para enfrentar seu arquirrival, neste domingo, no Allianz Parque, pela sétima rodada do Brasileirão. Para Zé Aparecido, o clube alvinegro se faz presente em sua vida, já que seus filhos são corinthianos fanáticos, e seu erro não deveria ter “condenado” sua carreira como juiz de futebol.

“Ninguém chega a apitar várias finais que eu apitei, semifinal de Libertadores, eliminatórias de Copa do Mundo, sendo um péssimo árbitro. Agora, você condenar e colocar a responsabilidade de um jogo, de um título, em cima de uma pessoa, por um erro ou por dois erros, aí eu acho demais”, finalizou.

Relembre o carrinho 'criminoso' de Edmundo em Paulo Sérgio

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