Mesmo finalista do Campeonato Paulista em seu primeiro semestre de trabalho como treinador profissional, o técnico do Corinthians, Fábio Carille, ainda convive com críticas de parte da imprensa a respeito de sua filosofia de trabalho. O alvo é a postura por vezes demasiadamente defensiva adotada pelo Timão.
Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, no CT Joaquim Grava, Carille defendeu a forma de jogar do Corinthians e citou até mesmo o gigante Atlético de Madrid, da Espanha, para justificar o método reativo adotado por sua equipe quando não está com a bola nos pés.
"Escuto muito pouco, leio muito pouco e sigo minhas convicções. Sei que precisamos melhorar. Algumas equipes se comportam assim, Atlético de Madrid chegou em várias decisões assim. O sistema defensivo teve entendimento rápido. Vamos melhorar no dia a dia", declarou.
Contra o São Paulo, nas semifinais do Campeonato Paulista, por exemplo, o Corinthians passou boa parte dos jogos de ida e volta sem a posse de bola. E isso não impossibilitou a equipe de Carille de sair com a classificação à final da competição.
O treinador, aliás, falou sobre a perspectiva de encontrar, na decisão do Estadual, um adversário que também tem como principal filosofia a defesa. A Ponte Preta de Gilson Kleina tem, por exemplo, três volantes em sua formação tática usual.
"A ideia de jogo da Ponte é diferente do São Paulo. Eles também vão procurar jogar no erro, no contra-ataque. Mas a nossa ideia de trabalho é para fazer um grande jogo no domingo", ponderou o treinador corinthiano.
Corinthians e Ponte Preta se enfrentam nos próximos dois domingos pelas finais do Paulistão. O duelo de ida acontece em Campinas; o decisivo, na Arena.