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Calandrini foi uma das grandes contratações do Corinthians para a atual temporada

Bruno Teixeira/Divulgação/Corinthians

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DDD 13

Alô, é do Corinthians? Ex-santistas falam ao Meu Timão sobre 'Dérbi feminino' deste sábado

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O Corinthians entra em campo neste fim de semana para a disputa do principal clássico da modalidade em jogo válido pelo Campeonato Paulista. Calma lá! Se você pensou na final masculina contra o Palmeiras, se equivocou! Aqui a bola da vez é a mulherada do Timão, que visita o Santos às 15h deste sábado, na Vila Belmiro, pela terceira rodada do Estadual, no clássico que pode muito bem ser apelidado de "Dérbi feminino".

Às vésperas de um dos mais aguardados jogos do Campeonato Paulista da categoria, o Meu Timão conversou por telefone as ex-santistas e recém-contratadas pelo Corinthians Alline Calandrini, zagueira, e Katiuscia, lateral-direita. Ambas se consolidaram no cenário futebolístico nacional graças a suas passagens pelo Santos – o DDD 13 ainda à frente dos números de seus celulares não deixa dúvida, como repercutido pelas próprias jogadoras mais abaixo, na continuação desta entrevista.

"Joguei nove anos da minha vida no Santos, meus títulos foram todos pelo Santos, tive uma história muito grande com o clube. Nunca sentei do outro lado do banco, nunca joguei do outro lado", disse Calandrini, que traz nada menos do que 11 títulos no currículo dos tempos em que atuava na Vila Belmiro. "É um sentimento diferente, nunca passei. Ao mesmo tempo, é uma ansiedade muito positiva, de jogar num clube muito grande como o Corinthians e enfrentar o clube que foi minha base. Mas a chavinha já foi virada há muito tempo, desde quando topei vir para o Corinthians, virei corinthiana. Santos passou. Ficou marcado na minha história, mas no passado", completou a experiente zagueira de 30 anos de idade.

Katiuscia, apesar de mais nova, com 23 anos de idade, também se vê bastante grata ao Santos, clube que defendeu por três temporadas, tendo por lá conquistado o título do Brasileirão de 2017. Mas agora, diante do ex-clube, quer é estreitar os laços com a Fiel.

Katiuscia é uma das jovens destaques do Corinthians para 2018

Divulgação/Corinthians

"É uma experiência única, porque foi a equipe que me abriu as portas. Sempre serei grata (ao Santos). Mas hoje defendo as cores do Corinthians e é uma ótima oportunidade de eu mostrar por que estou aqui e conquistar essa torcida", projetou.

Dérbi feminino? É isso aí!

Não há exagero algum em comparar a maior rivalidade da modalidade masculina à da feminina. Se no domingo os comandados de Fábio Carille enfrentam o Palmeiras, no sábado a bola rola para as comandadas de Arthur Elias diante do Santos. E tamanha expectativa em torno do clássico feminino é muito bem explicada abaixo por Calandrini:

"Sem dúvida alguma, a grande rivalidade do futebol feminino é Corinthians e Santos. Primeiramente porque são dois grandes clubes. Independentemente do gênero homem ou mulher, todo Corinthians x Santos é clássico e chama atenção", começou.

"E fora serem dois grandes clubes, são dois clubes que estão com as portas abertas para o futebol feminino. São os clubes que têm o maior investimento na modalidade. O Santos tem mais tempo em relação a isso, o Corinthians está vindo agora abrindo essas portas para a gente. É um clássico que mexe com todo mundo, não só comigo que vim do Santos. Todo mundo gosta de assistir, de questionar quem é o favorito da vez... E que bom ter um Corinthians x Santos próximo de um Corinthians x Palmeiras", acrescentou.

Katiuscia vai além e aponta a a rivalidade existente entre Corinthians e Santos como impulso para o aumento da visibilidade da categoria feminina. E ela não está errada: afinal de contas, foi procurada para a entrevista justamente às vésperas de um... Corinthians x Santos!

"Para a modalidade, isso é positivo. São dois times de camisa, que podem favorecer a visibilidade do futebol feminino. Ano passado o Corinthians perdeu para o Santos na final do Campeonato Brasileiro, mas acredito que isso deva contribuir para a gente ter um grande espetáculo nesse clássico de sábado", opinou.

Confira mais das entrevistas de Alline Calandrini e Katiuscia ao Meu Timão

Reparei que o número de celular de vocês ainda é DDD 13, da Baixada Santista. Imagino que ainda estejam se adaptando à nova rotina no Corinthians, aqui em São Paulo... Como estão sendo esses primeiros meses?

Alline: Meu número é 13 porque eu uso há muitos anos. Se eu mudar, vou perder muitos contatos, muitas pessoas que me procuram nele. Adaptação em São Paulo está super tranquila, um dos motivos de vir para o Corinthians é morar em São Paulo. Gostava já de São Paulo, vinha sempre de fim de semana. No Corinthians está tudo perfeito, estrutura muito boa, não nos falta nada. Quanto à rotina, os primeiros meses no Corinthians e em São Paulo estão sendo super tranquilos. Só tem a diferença de locomoção: em Santos tudo é muito rápido, perto, eu chegava em casa em dez minutos. Aqui chego em casa em 40 minutos. Esse é o único ponto negativo de vir para São Paulo.

Katiuscia: No início achei bem diferente. Sou de Santos, e São Paulo é uma cidade muito grande. Porém de fácil adaptação, hoje em dia me sinto muito à vontade por aqui, não só na cidade como no clube, onde fui bem recebida por minhas companheiras e por todos.

Na final do Brasileiro do ano passado, entre Corinthians e Santos, os torcedores santistas lotaram a Vila Belmiro. Vocês acreditam e apostam que a torcida do Corinthians em breve abraçará o time feminino dessa mesma forma, talvez até lotando a Fazendinha?

Alline: Acredito e aposto que a torcida corinthiana vai abraçar o futebol feminino. Agora é uma modalidade nova, o torcedor ainda vai se adaptando, olhando as notícias. Quando vierem resultados, formos às semifinais, finais, não tenho dúvida alguma que o torcedor corinthiano vai ver (no estádio). Por isso precisamos tanto de divulgação, das redes sociais, da imprensa. O Santos quando encheu a Vila Belmiro usou das redes sociais e do jornal local que todo dia fazia chamada. Espero que um dia exista um chamariz quem sabe num Globo Esporte, no Jornal da Band, do Neto, que chame: 'Ó, futebol feminino, Corinthians contra tal time'. Acredito muito nisso. O torcedor corinthiano é muito apaixonado, é a maior torcida do país, se a gente pudesse ter 20% desses torcedores ali na Fazendinha, estaríamos muito felizes.

Katiuscia: Acredito que sim. O torcedor corinthiano vai aos poucos conhecer nosso time. E não tem como falar de Corinthians e não falar da torcida, né? Acredito que aos poucos eles vão conhecendo nosso trabalho e, quem sabe lá na frente, até numa final, lotar a Fazendinha e a gente dar esse orgulho à nação corinthiana.

Veja mais em: Futebol feminino, Corinthians x Santos, Dérbi e Especiais do Meu Timão.

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