O Corinthians atropelou o Visão Celeste, do Rio Grande do Norte, por 8 a 0 na noite desta quarta, pelas oitavas de final da Copa São Paulo de Futebol Júnior . E nem por isso o clima na equipe potiguar foi de fúria ou quaisquer outros sentimentos negativos à flor da pele.
Tão logo o árbitro apitou o fim do jogo, o goleiro Patrick, que acabara de levar oito gols (alguns inclusive com falha individual), aceitou gentilmente conceder entrevista à reportagem do SporTV. Ainda no gramado da Arena Barueri, ele proferiu um emocionante discurso sobre a sensação de enfrentar o Corinthians, maior vencedor da história da Copinha (dez títulos).
"É uma gratidão enorme. O Corinthians é grande, né? O Visão conseguiu chegar até aqui e pegar o Corinthians. Mas tudo é na vontade de Deus (...) tenho que agradecer muito a Ele. E à minha mãe e a meu tio que me incentivaram bastante. Obrigado, minha família. Beijo, Maria Luiza, papai te ama, viu?", comentou Patrick.
O goleiro de 19 anos de idade, cujo nome completo é Patrick Lima de Sousa e havia se destacado pegando pênaltis justamente na classificação do Visão Celeste às oitavas de final, ainda foi questionado sobre a sensação de jogar diante de quase 18 mil corinthianos.
"É difícil pra caramba, né? Sempre falando, incentivando o Corinthians. Mas é isso, ser jogador é saber lidar com a pressão das torcidas", definiu brevemente.
De goleiro pra goleiro
Colega de posição de Patrick e reserva do Corinthians, Guilherme chamou atenção ao término do jogo por um gesto bastante especial. O camisa 12 do Timão foi até a torcida do Timão, apontou para os jogadores do Visão Celeste e pediu aplausos à Fiel. Na sequência, se dirigiu ao próprio goleiro do time potiguar, trocou algumas palavras e o abraçou.
Em tempo: o Visão Celeste conseguiu a melhor campanha de uma equipe do Rio Grande do Norte ao longo dos 50 anos de Copa São Paulo de Futebol Júnior.
Goleiros do Corinthians trocaram abraços ao término do jogo
Reprodução/TV