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Givanildo jogou no Corinthians em 1976 e 1977

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'Existe o preconceito'

Campeão em 77 pelo Corinthians, Givanildo lamenta: 'Era um time que tinha esperança de treinar'

Por Meu Timão

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Um dos técnicos mais vitoriosos da história do futebol brasileiro é ex-jogador do Corinthians e nunca teve oportunidade de treinar o Timão ou qualquer outro dos chamados "12 grandes clubes" do país. Trata-se de Givanildo Oliveira, hoje com 70 anos de idade.

"Era um time que eu tinha esperança de ser chamado. Até pela minha maneira de ser no Corinthians. Como eu era no dia a dia, nos treinos e jogos. Pelos momentos bons que eu tive, que foram muitos", lamentou, em entrevista concedida ao portal Uol.

"Em alguns momentos eu pensei que ia acontecer um convite e um acerto, e não aconteceu. Depois, eu fui... sabe de uma coisa? Se tive de ser, vai ser. Se não tiver, eu continuo a minha vida", acrescentou.

Givanildo, nascido em Olinda, em Pernambuco, defendeu as cores do Corinthians em 1976 e 1977. Foi vice-campeão brasileiro e campeão paulista pelo clube do Parque São Jorge. Idolatria no Santa Cruz à parte, o Timão foi onde ele mais se destacou como jogador, tendo inclusive sido convocado para a Seleção Brasileira quando era atleta alvinegro.

Givanildo hoje é treinador do América-MG, aos 70 anos de idade

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Mas foi como técnico que Givanildo definitivamente fez sua carreira alavancar no futebol. Treinando equipes pelo Brasil (e principalmente Nordeste) desde 1982, ele já soma quase 40 títulos. Hoje está em sua quinta passagem pelo América Mineiro, um dos poucos clubes fora do eixo Norte-Nordeste-Centro-Oeste onde trabalhou como treinador.

O motivo? Na opinião de Givanildo, há um preconceito enraizado contra nordestinos.

"O único motivo que eu vejo é porque eu sou do lado de lá. Eu tenho na minha cabeça que existe o preconceito, sim. Não teve treinador com os títulos que eu tenho no futebol brasileiro. Por tudo que eu ganhei, por tudo que eu fiz e ainda estou fazendo no futebol, tenho certeza que se eu não fosse de lá eu tinha trabalhado logo logo num time de ponta", relatou, se referindo aos quatro grandes de São Paulo e Rio de Janeiro e aos dois de Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Carinho pela Fiel

Mágoa com o Corinthians e qualquer outro clube grande do país que o ignorou como treinador? Talvez. Com a Fiel? Jamais! Os momentos de carinho guardados na memória de Givanildo no que diz respeito ao Corinthians foram justamente os relacionados à torcida.

"Nós ficamos num hotel em Copacabana. Quando deu 21h, quem queria dormir não conseguia. Eles invadiram Copacabana. A gente teve que ir para outro hotel em São Conrado porque senão não ia dormir. Foi um negócio que mexeu muito, ter mais gente do que o time local. Eles empurraram a gente mesmo", disse, se referindo à história invasão corinthiana de 1976, quando o Maracanã recebeu mais torcedores do Timão do que do próprio Fluminense na semifinal do Campeonato Brasileiro daquele ano.

"Eu vi que o Corinthians é uma doença. Aquilo ali não é ser torcedor", acrescentou.

Outro acontecimento marcante para Givanildo foi o título paulista de 1977, quando o Corinthians deixou para trás uma fila de 23 anos sem títulos. Ele havia sido desfalque na final por conta de lesão e acompanhou a festa da Fiel nas proximidades do Parque São Jorge.

"Aquilo ali ficou cheio depois do jogo. A prova é que perturbaram e gritaram tanto que eu tive que aparecer na varanda para eles poderem me ver. Ficou lotada a rua todinha ali."

Veja mais em: Ex-jogadores do Corinthians e História do Corinthians.

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