Nos últimos dias, o Corinthians teve que tomar importantes decisões sobre seu cronograma e, sobretudo, parte financeira para os tempos de coronavírus. Depois de dar férias adiantadas de 20 dias ao seu elenco, o clube também decidiu manter 100% dos salários, ao contrário de equipes que descontaram uma porcentagem. Em isolamento social e já no período de recesso, Ramiro detalhou as escolhas da diretoria alvinegra.
"Esta é uma conversa de cenário nacional. A gente tem uma comunidade de atletas, um sindicato de atletas, que nós estamos buscando a melhor solução para todos os jogadores. Para as séries A, B, C e D e sem divisão. Hoje eu faço parte de um clube de Série A, mas nós temos de pensar em todos. Tentamos chegar em um denominador comum, mas foi bem difícil. Cada clube tem a sua realidade", pontuou, em entrevista à Gaúcha Zero Hora.
"A gente teve uma decisão aqui dentro do Corinthians de bater o martelo apenas sobre março e abril. A partir de maio, vamos conversar novamente sobre quais decisões tomar. Não sabemos como estará o panorama do nosso país até lá. O que sei é que março seria tratado como período integral, trabalhamos 15 dias e os outros 15 de licença remunerada. Em abril, serão 20 dias de férias pagos 50% agora e os outros 50% parcelado direto na CLT", completou.
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Deixando de lado a parte logística e financeira, Ramiro destacou um ponto positivo da paralisação para a equipe retomar o caminho dos bons resultados e se recuperar de um início de temporada ruim.
"Para nós, essa pausa acaba sendo boa. A gente vinha em um momento bem difícil e com menos vitórias do que a gente espera. A gente fez bons jogos na Florida Cup e no Paulistão, mas oscilamos bastante. É um momento que a gente não espera, e incomoda. Essa pausa ajuda na parte psicológica e mental. Espero que na volta a gente encaixe rápido e inicie um novo ciclo vencedor", ressaltou.
O Timão foi para a pausa na terceira colocação do Grupo D do Campeonato Paulista, cinco pontos atrás do vice Guarani - restam seis em disputa. Não bastasse a situação difícil para buscar a classificação, o time ainda luta contra o rebaixamento, que se juntaria a queda na Pré-Libertadores como vexame em 2020.
"Eu posso falar por mim, é difícil falar pelos outros. Eu não estava em campo e me doeu bastante não poder ajudar o grupo, comissão e clube. Eu queria ajudar de alguma forma. Não era o que a gente planejava, isso me remói até hoje. Um clube do tamanho do Corinthians cair em uma fase preliminar é bem frustrante. Tinha a possibilidade (de enfrentar o Palmeiras na fase de grupos) e se falava muito nisso. Infelizmente, não se concretizou", concluiu.