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Mário Gobbi lembra conselhos a Pato e diz que atacante chorou em chegada ao Corinthians

Por Andrew Sousa, Mayara Munhoz, Rodrigo Vessoni e Tomás Rosolino

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Em grande momento após a conquista da Libertadores e do Mundial em 2012, o Corinthians apostou caro na contratação de Alexandre Pato. Apesar dos bons números, com 17 gols marcados em 2013, o atacante passou longe de cair nos braços da Fiel, principalmente por pênalti perdido contra o Grêmio. Presidente na época, Mário Gobbi recordou os bastidores da chegada do atleta durante live com o Meu Timão.

"O Pato é um atleta e um ser humano nota 10. Quando ele chegou, eu falei que a primeira coisa é que eu queria o Pato na minha sala. Falei: 'Olha, Pato, você está chegando para um time campeão do mundo. Não é o time que tem que se adaptar à você, é você que tem que se adaptar ao time. Ponto dois: aqui você não vai ter regalia nenhuma'. Porque eu vivi uma experiência com jogador que tinha regalia para tudo e isso não funciona num time de futebol. Falei que como o salário dele era o maior, ele teria que ser o primeiro a chegar, o último a sair e puxar a fila no treino. Falei que ele iria dormir no quarto junto com outro, não vai ter quarto sozinho. Que ele não era mais nem menos do que ninguém aqui. E ele concordou", pontuou.

"Outra coisa, falei: 'Pato, isso aqui é Corinthians. Você sabe bem o que é Corinthians?' Ele disse que não e eu expliquei o que é Corinthians. 'Você já ouviu falar em Sócrates?', 'Não, não', 'Você já ouviu falar em Wilson Carlos Mano?'. Eu contei para ele quem foi Wilson Mano e falei do Sócrates. O Wilson Mano tem 10% da técnica do Sócrates, mas o Wilson Mano tinha uma garra e uma raça... Ele se doava os 90 minutos para o Corinthians. A torcida canta até hoje em verso e prosa o nome de Wilson Carlos Mano. O Sócrates dava carrinho aqui no Corinthians, ele se doava dentro daquilo que ele podia, mas ele era um gênio. Aí eu contei a história do Sócrates", completou.

Segundo o ex-mandatário, que agora é candidato para as eleições presidenciais de novembro, Pato chegou a se emocionar com a explicação do que precisaria para vingar de fato com a camisa alvinegra.

"Perguntei se ele tinha entendido e falei que aqui não basta ter só técnica, que se ele fosse ser ter só técnica ele não se daria bem aqui. Saindo da minha sala, tinha a definição de Sócrates do que era jogar no Corinthians. Aliás, eu tive a honra, uma honra triste. Mas que foi fazer o busto do Sócrates nas alamedas do Parque São Jorge. E no busto de Sócrates, nós colocamos a definição de Sócrates do que era jogar no Corinthians. 'Nossa, onde tem isso?' e chorou na minha sala. Falei 'Pato, eu vou levar no busto de Sócrates' e ele 'Nossa, tem um busto?', falei 'Tem!'. Desci com ele, fui até o busto, ele leu, chorou, me abraçou. Falei: 'Pato, se doe, se entregue para o time que você vai ser um ídolo no Corinthians'. Então tudo foi falado para ele, tudo foi explicado para ele", revelou.

"Ainda disse que se ele tivesse algum problema, que era para me procurar e resolveríamos. Falei que ele teria todo o apoio que precisasse. Todas as vezes que fui ao CT, chamava, conversava, enfim. Foi isso. Ele não vingou, não deu certo, não rendeu aquilo que se esperava", concluiu.

Bastante questionado pela penalidade em 2013, Pato deixou o Timão em 2014 com um total de 62 partidas e 17 gols marcados. O atacante foi para o São Paulo em negociação que trouxe Jadson para o CT Joaquim Grava.

Veja mais em: Ex-jogadores do Corinthians e Eleições no Corinthians.

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