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Velocidade de Mosquito foi muito mal explorada por um Corinthians totalmente mapeado

Danilo Fernandes/ Meu Timão

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Análise: derrota mostra que o Corinthians não pode se dar ao luxo de fazer o que o adversário quer

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O Corinthians reagiu, é muito melhor do que no começo do Brasileiro e segue com grandes chances de se classificar à Copa Libertadores da América do ano que vem. Está claro, porém, e a derrota por 2 a 0 para o bom Red Bull Bragantino mostr a, que essa equipe não pode se dar ao luxo de fazer o que o adversário quer.

Em resumo: o Timão é capaz de competir, conseguiu montar planos quase infalíveis contra adversários da parte de cima da tabela e soube propor contra times desarrumados. Nas duas vezes em que manteve uma formação acreditou que era capaz de jogar contra times que o mapearam completamente, porém, foi facilmente superado.

Talvez com mais tempo de trabalho, jogadores mais bem entrosados e as coisas saindo no automático, o Corinthians consiga executar seu plano de jogo mesmo muito bem marcado. Por enquanto, ao menos na reta final do Brasileiro, porém, isso ainda não vai rolar.

O primeiro jogo com essa característica foi semana passada, contra o Palmeiras, mas vou falar só desse. Imagine que o Corinthians era o alvo, o que tem o seu estilo de jogo e que enfrenta um adversário capaz de anular toda a sua força de saída de jogo. Foi o que o Timão fez com Inter e São Paulo, e foi o que o Red Bull Bragantino fez com o Corinthians.

Assim como Inter, São Paulo e a maioria dos times brasileiros, o clube do Parque São Jorge não pode depender apenas de uma ideia de jogo para ganhar pontos. Com dez minutos de bola rolando era claro que todos os movimentos tradicionais da equipe estavam marcados e seria necessária uma adaptação.

Não foi à toa que o Bragantino espetou dois atacantes pelo meio e fechou a triangulação corinthiana, dando como opção apenas o passe longo ou o passe para trás. O Corinthians confiou que rodar a bola, voltando uma ou duas vezes até Cássio, seria o caminho paciente para o gol. Faltou tentar o outro e ao menos forçar que os bragantinos ganhassem o jogo de outra maneira.

A linha alta do rival era totalmente suscetível a escapadas rápidas, como mostram até outros jogos do ano (quem estiver disposto, pegue a ida entre Palmeiras e Red Bull, pela Copa do Brasil). E Jô, ainda que não fosse útil nessas escapadas, seria perfeito para ganhar a primeira bola e potencializar qualquer ponta rápido que fosse para o jogo.

Sem essa leitura, o Corinthians cansou de perder bolas ao tentar passes verticais e triangulações por baixo, de maneira tão previsível quanto teimosa. Foi previsível e, quando conseguiu igualar esforços de certa maneira, já perdia por 2 a 0 contra atacantes perigosíssimos no contra-ataque.

Mais uma vez, faltou a leitura tática da partida para, ao menos, fazer com que o adversário ganhasse por outro meio do que o planejado. Entregar um jogo totalmente mapeado para um time ainda em plena construção, claramente, ainda não é um luxo o qual o Corinthians pode se dar.

Veja mais em: Campeonato Brasileiro.

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