Entre as receitas previstas pelo Corinthians para 2021, o clube provisionou recebimento de R$ 70 milhões com venda de jogadores. Bastou esse dado ser divulgado para que a torcida enxergasse que os ativos mais valiosos do momento, como Bruno Méndez e Vital, por exemplo, tivessem como valor máximo a cifra citada no documento oficial.
Mas as situações não têm qualquer ligação. O aviso é do presidente Duilio Monteiro Alves que concedeu entrevista exclusiva ao portal Meu Timão - veja vídeo abaixo. O mandatário explicou a relação dos fatos. No caso, a falta de relação.
"O orçamento é um exercício que o clube faz, anterior a gestão que vai começar, baseado no que é previsto de receitas, venda de atletas... são suposições, previsões. Com a pandemia como está, o orçamento terá que ser revisto, isso é previsto, para ter números perto do real. Os valores de R$ 70 milhões de venda de jogar é baixo, razoável, dentro do nosso histórico, mas uma previsão. Já vi gente, com informações e opiniões de todos os lados, criticando porque a gente venderia três, quatro jogadores só pro esse valor... não é assim, isso é uma entrada de receita possível, mas não significa ser limite, é o mínimo que pretendemos para as contas fecharem", explicou o mandatário, que completou:
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"Isso pode ser atingido - parte disso ou mais -, com apenas um jogador, por exemplo. Não significa que vamos vender só por isso. Isso é uma previsão, com pé no chão, para não criar expectativas. O orçamento tem receitas como, por exemplo, até as oitavas na Copa Sul-Americana. Não é que a gente não pretende ir além, que não vamos jogar, mas isso é o mínimo que achamos pelo valor que queremos. Não estamos descreditando, jamais, isso é só uma previsão, não podemos prever muito sem saber o que vai vir. Dentro e fora de campo as coisas podem mudar de uma fora para outra", completou.
O ano de 2020 foi um exemplo do que Duilio Monteiro Alves afirmou acima. A receita prevista com a venda de jogador era de R$ 45 milhões. O Corinthians no ano passado arrecadou R$ 189 milhões, impulsionado principalmente pelas vendas de Pedrinho ao Benfica-POR (cerca de R$ 110 milhões) e Carlos Augusto ao Monza-ITA (R$ 25 milhões).