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Venda de Pedrinho ao Benfica teve irregularidades apontadas pela justiça de Portugal

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Irregularidades

Justiça de Portugal investiga negócio entre Corinthians e Benfica por Pedrinho

Por Meu Timão

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A venda de Pedrinho, realizada entre Corinthians e Benfica, em 2020, virou alvo de uma investigação do Ministério Público de Portugal. Segundo a Justiça portuguesa, a transferência teve irregularidades.

A informação foi incialmente divulgada pela revista portuguesa Sábado. A chamada "Operação Cartão Vermelho" (saiba detalhes abaixo) apontou que escutas do Ministério Público de Portugal indicaram que os empresários Giuliano Bertolucci e o português Bruno Macedo receberam comissões de ambos os clubes no processo da venda.

Ainda de acordo com as escutas autorizadas pela justiça do país, documentos apreendidos na casa de Bruno Macedo indicam que Bertolucci teria comprado um imóvel de 3,9 milhões de euros (cerca de R$ 24,9 milhões na atual cotação) três meses após a venda do ex-jogador do Corinthians.

A propriedade, inclusive, pertence à sociedade White Walls, uma offshore supostamente ligada ao ex-presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira. O dirigente, vale lembrar, chegou a ser detido por corrupção em julho de 2021.

"Os fatos sugerem uma correlação entre a transferência do jogador e a transação imobiliária realizada entre a sociedade White Walls e Giuliano Bertolucci, como eventual instrumento para a repartição de contrapartidas com Luís Filipe Vieira", escreveu o procurador Rosário Teixeira.

Em resposta ao Uol Esporte, a assessoria de imprensa de Bertolucci afirmou que "não houve nenhuma contrapartida na negociação do atleta Pedrinho, e nenhum outro jogador, e não deu imóvel a ninguém. E que toda a informação recebida sobre esta situação veio através da imprensa".

Pedrinho foi vendido pelo Corinthians no início de 2020 por 20 milhões de euros . O valor foi revisto pelas partes e o clube português teve um "desconto" de 2 milhões de euros da quantia original .

Vale lembrar que, atualmente, Pedrinho defende o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. O jogador foi vendido pelo Benfica ao clube ucraniano em junho de 2021 por 18 milhões de euros (R$ 110 milhões na cotação da época). O Corinthians, como clube formador, teve direito a receber entre 4,5% e 5% da transação - algo em torno de R$ 5,5 milhões.

O que é a Operação Cartão Vermelho?

O Ministério Público de Portugal, junto à Polícia Judiciária do país, iniciou uma investigação de irregularidades em 55 negociações do Benfica entre os anos de 2010 e 2020. De todos os casos, 15 envolveram as transações de jogadores brasileiros.

A suspeita inicial era o pagamento de propina no pagamento de comissões para agentes e intermediários envolvidos nas vendas. O ex-presidente do clube português teria recebido de volta, por meio de offshores e compra de imóveis, parte dos valores de luvas de contratações e renovações dos jogadores. A estimativa é que mais de 10 milhões de euros (cerca de R$ 65 milhões) tenham sido desviados.

Além de Pedrinho, os jogadores brasileiros que têm a venda investigada são:

  • Luís Filipe (ex-Palmeiras);
  • Talisca (ex-Bahia);
  • Jardel (ex-Avaí e Santos);
  • Everton Cebolinha (ex-Grêmio);
  • Lucas Veríssimo (ex-Santos);
  • Jonas (ex-Santos, Grêmio e Valência);
  • Morato (ex-São Paulo);
  • Lima (ex-Avaí e Santos);
  • Emerson Conceição (ex-Atlético-MG);
  • Marçal (ex-Grêmio e Guaratinguetá);
  • Gabriel (ex-Resende);
  • Pedro Henrique (ex-Anápolis);
  • Guilherme Siqueira (ex-Atlético de Madrid);
  • César Martins (ex-Ponte Preta);

Veja mais em: Pedrinho, Diretoria do Corinthians e Mercado da bola.

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