O lateral-direito Rafael Ramos, envolvido em caso de suposta injúria racial contra Edenilson, do Internacional, viu o tema ganhar novos capítulos nesta semana. O delegado Roberto Sahagoff, da Polícia do Rio Grande do Sul e responsável pela apuração do caso, afirmou que irá indiciar o jogador do Corinthians pelo crime, mesmo após laudo da perícia oficial considerar a leitura labial inconclusiva. Os dirigentes do clube alvinegro trataram sobre o tema.
"Deixa eu falar uma coisa. Primeiro que nós não somos advogados. Nosso advogado está cuidando disso, eu particularmente acho um absurdo. Porque o fato de o laudo ter sido inconclusivo, não aponta o que ele disse, também não aponta que ele não disse. Então fica a palavra do Edenilson contra a palavra do Rafael. O Corinthians contratou outros dois institutos, que fazem o mesmo trabalho forense, os dois institutos deram o laudo com a leitura labial do Rafael, mostrando as palavras que ele disse e nunca ele falou a palavra 'macaco'. Então as discussões jurídicas os advogados estão cuidando disso", disse Roberto de Andrade, diretor de futebol.
"Espero que isso resolva o mais rápido possível, que isso é um desgaste muito grande para o Rafael, para o Edenilson, nós temos que achar a solução disso. Esses dois laudos que foram contratados pelo Corinthians, eles tem valor forense também, não sei se o delegado tinha ciência disso ou não, isso tá no processo. Pode ser que o delegado tenha se antecipado um pouco nas suas palavra, agora o advogado que vai cuidar disso", concluiu o dirigente.
Sobre o tema, Alessandro Nunes, gerente de futebol do Corinthians, foi sucinto. Ele delegou a situação aos especialistas e deu maiores detalhamentos individuais.
"Vocês mesmo estão acompanhando tudo que tem ocorrido. As perícias, os laudos, acho que se houvesse alguma coisa mais efetiva para acontecer já estaria na mesa", pontuou Alessandro.