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Duilio Monteiro durante o treinamento do Corinthians no CT Joaquim Grava

Rodrigo Coca / Agência Corinthians

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Reunião

Corinthians marca reunião com atletas para tratar sobre apostas e manipulação de jogos

Por Pedro Mairton e Rodrigo Vessoni

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O Corinthians agendou para a próxima segunda-feira uma reunião com todos os atletas do clube, entre profissionais e categorias de base. O evento será para conversar a respeito dos esquemas de manipulação de jogos de futebol que têm sido investigados nos últimos meses pelo Ministério Público de Goiás, denominada operação Penalidade Máxima I e II.

A reunião contará com as presenças do delegado Cesar Saad, da Delegacia de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE), e do especialista em direito desportivo Luiz Felipe Santoro. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornalista Pedro Ramiro e confirmada pelo Meu Timão.

A primeira conversa será realizada com o elenco profissional do Corinthians e, na sequência, com os atletas das categorias de base. É importante destacar que, até o momento, nenhum atleta do atual elenco do Timão foi citado ou denunciado pelos órgãos responsáveis na investigação.

Um jogador que estava emprestado pelo Corinthians ao Avaí, o atacante Nathan, foi citado por apostadores em trechos de conversas obtidas pela investigação . Ele teria recebido um valor de R$ 15.000 para ser advertido com cartão amarelo na partida contra o Athletico-PR, pela 26ª rodada do Brasileirão, mas não conseguiu cumprir o combinado e devolveu o valor.

Entenda a operação Penalidade Máxima

A operação Penalidade Máxima é comandada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), uma vez que as primeiras denúncias partiram de um jogo do Vila Nova, pela Série B do Campeonato Brasileiro de 2022.

Na ocasião, o jogador Romário teria recebido R$ 150.000,00 para cometer um pênalti na partida contra o Sport. Ele, entretanto, não foi relacionado para o jogo e a aposta não teve êxito. Ciente do caso, o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, juntou provas e encaminhou o caso ao Ministério Público do estado.

A investigação apura esquemas de manipulação em jogos do futebol brasileiro, liderados por apostadores e com a participação direta de jogadores. Trechos de conversas entre atletas e os criminosos foram obtidas pelo Ministério Público, os quais revelavam informações do plano a ser realizado durante as partidas a benefício próprio dos envolvidos.

Boa parte dos clubes que possuem vínculo ativo com jogadores citados em conversas com os criminosos foram afastados de suas atividades até a conclusão do caso. Vale destacar que a investigação trata os times e as casas de apostas como vítimas.

Os líderes do esquema já foram identificados e estão detidos. Até o momento, nenhum jogador foi preso. Segundo o Estatuto do Torcedor, tanto os atletas quanto os apostadores podem responder pelo crime de lavagem de dinheiro. A pena varia de dois a seis anos de prisão.

Já o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, no capítulo 5 do Artigo 243, prevê multa de até R$ 100.000,00 ao jogador que “atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende”, além de suspensão por até dois anos. A reincidência pode levar ao banimento do futebol.

Veja mais em: Diretoria do Corinthians.

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