Na tarde desta terça-feira, profissionais de arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), afirmaram que o segundo gol do Internacional, que sacramentou a derrota do Corinthians por 2 a 1, foi legal. O lance teve um toque de mão de um atleta adversário e gerou repercussão após o apito final.
Em vídeo para justificar a arbitragem da rodada do Brasileirão no site da CBF, Wilson Seneme, chefe de arbitragem da CBF, recebeu Péricles Bassols, gerente técnico do VAR, e Roberto Perassi, gerente-pedagógico de ensino. Ao analisarem o lance, todos os envolvidos concordaram com a decisão tomada pela arbitragem da partida.
No lance, Gil tenta afastar a bola e Enner Valencia aparece logo atrás. Ao pegar no braço do jogador do Internacional, a bola é amortecida para Wanderson chegar finalizando e balançar as redes. Na análise feita pelos profissionais, o movimento feito por Enner Valencia é natural.
Reprodução / CBF TV
"Quando ele (Valencia) faz o movimento com o peito, a mão abre em um movimento totalmente natural e associável a esse gesto de dar com o peito na bola para vencer essa disputa. A cabeçada do defensor é quem faz a bola tocar na mão", disse Péricles Bassols.
Outro ponto citado foi o autor do gol. No lance, a bola sobra para Wanderson, que finaliza e balança as redes. De acordo com os profissionais, caso o tento tivesse sido marcado pelo próprio Valencia, autor do toque de mão, o lance seria invalidado.
"Não foi o jogador, cujo bola tocou no braço, mesmo que acidentalmente, que fez o gol. Quem fez o gol foi um companheiro. E aí a gente já teve essa modificação (na regra), exatamente para valorizar, muito mais, o gol", disse Roberto Perassi.
"Mesmo que fosse acidental, seria uma infração, pois houve a participação da mão num contexto de gol", disse o profissional ao explicar que se Valencia tivesse marcado, o gol seria anulado.
Os fatores citados pelos profissionais também foram ouvidos no áudio do VAR. Na partida contra o Internacional, o árbitro principal foi Caio Max Augusto Vieira, enquanto o responsável pelo VAR foi Daniel Victor Costa Silva.