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Único corintiano da sub-17 é 'empresariado' por parentes

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Enquanto Marquinhos estava concentrado com a seleção brasileira sub-17 na Granja Comary, em Teresópolis, os seus empresários curtiam o Carnaval no camarote da Brahma, em São Paulo.

A cena, porém, não denuncia qualquer desleixo dos responsáveis pela carreira do único jogador do Corinthians no time que estreia neste sábado, ao meio-dia, no Sul-Americano da categoria, contra a Venezuela, em Ibarra, no Equador.

O zagueiro e capitão corintiano --clube pelo qual joga desde os 9 anos-- é irmão e sobrinho de seus empresários.

Alvaro Aoás, 48, é padrinho de Marquinhos, 16, e dono do Bar Brahma e de outra dezena de empreendimentos como o camarote da cerveja no Carnaval paulistano.

Luan Aoás Corrêa, 20, é ex-jogador das categorias de base do São Paulo e do Corinthians e cuida da carreira do irmão. Caire, 27, filho e sócio de Alvaro, completa o trio.

"Cuidar da carreira dele é fácil, ele é tranquilo. Sei como é o mundo do futebol. Corro atrás de chuteira [hoje consegue as da Adidas], contrato [assinou até o final de 2013 com o Corinthians]. Conseguimos um salário super bom para ele", diz Luan.

"Quem cuida do extracampo é meu irmão porque ele tem uma experiência boa. Quando empresário vem atrás eu falo para conversar com ele. Sei que meu irmão não vai me dar um golpe, me colocar para baixo, com ele me sinto seguro", afirma o zagueiro Marquinhos.

A irmã Riama, 18, cuida da parte pessoal, leva-o ao cabeleireiro, fazer limpeza de pele. Ela também edita os vídeos dele e de outros jogadores de base que o irmão Luan grava e, depois, negocia.

Já o tio empresário quer ajudar com a influência.

"Sou padrinho de batismo, e sempre procurei não interferir muito, porque tenho muita influência, acesso aos empresários, à impressa. Se puder usar, vou usar. Mas até hoje ele venceu com o talento. Chegou na seleção com talento", diz Alvaro.

Além de Luan, a família ainda tem outro jogador, o ex-corintiano Moreno, 28.

O primeiro deixou o São Paulo, aos 17, com a promessa de jogar por um clube europeu, o que não deu certo. O segundo, é lateral-esquerdo do São Bernardo.

"Não tenho nada contra empresários, mas para os meus sobrinhos não funcionou. Dos três, Marquinhos era o menos habilidoso, mas é viciado em futebol. Ele me ouve. E a gente combinou que vou cuidar da carreira dele.Vamos blindá-lo", conclui o tio empresário e zagueiro nas peladas da família.

Filho de uma pedagoga desempregada e de um comerciante que toma conta de um dos empreendimentos da família, Marquinhos também recebe ajuda financeira do tio e já precisou até de carro emprestado pelo padrinho para ir treinar em Itaquera.

Convocado pela primeira vez para uma seleção de base este ano, ele diz que ficou com receio de como seria a "resenha" dos novos colegas. Logo entrou na roda de pagode e se soltou.

"Adoro Carnaval, samba, mas sou tranquilo. Quando saio, eu danço, pulo, curto mas não bebo não. Não gosto de cerveja. Se depender de mim, meu tio morre pobre", diz, aos risos, Marquinhos sobre seu empresário.

NA TV
Brasil x Venezuela: 12h
ESPN Brasil, Esporte Interativo e Sportv

Fonte: Folha

Enviado por: will2s

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