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Fachada do Parque São Jorge na rua que dá acesso ao clube

Divulgação / Corinthians

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Podia ser pior

Diretor jurídico revela quantos processos o Corinthians tem pendentes na Justiça

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A situação financeira do Corinthians é um problema constantemente discutido. Um dos problemas que mais surge é a grande quantidade de ações judiciais movidas contra o Timão, em sua maioria por parte de ex-jogadores e empresários. Entretanto, Yun Ki Lee, novo diretor jurídico, explicou em entrevista que os processos não são um empecilho tão grande.

"A quantidade de processos contra o Corinthians não passa dos 600. Parece alto, mas não é tão alto se pensar em receita e se levar em consideração que essa receita é cerca de R$ 1 bilhão ao ano. O que tem são questões consideradas extremamente sensíveis, ou pelo valor ou pelo reflexo", disse Lee, em entrevista ao Estadão.

O diretor foi responsável pelo período de transição do setor jurídico do Corinthians após as eleições presidenciais, vencidas por Augusto Melo. Segundo ele, o processo durou cerca de três semanas e teve como marco inicial a contratação de um diretor jurídico adjunto, cargo até aquele momento inexistente no Parque São Jorge. Porém, Yun Ki Lee afirma que encontrou problemas no departamento político.

"Tínhamos um desenho do que era o organograma jurídico, e, depois, vimos o desenho real e como funcionava de verdade. Era muito diferente, sem colocar crítica alguma, do que o desenho que todo mundo dizia que funcionava no clube", contou.

Yun Ki Lee defende, porém, que o maior problema do Corinthians segue sendo as dívidas. De acordo com ele, a realidade é pior do que a anunciada pela gestão anterior, comandada pelo ex-presidente Duilio Monteiro Alves.

"Para além da quantidade e do volume da dívida, o vencimento é que vai matar no curto prazo. Tem muita coisa já vencida ou para vencer que foi jogada agora pela gestão passada", afirmou Lee.

O diretor jurídico acredita que a fama de mau pagador prejudica os relacionamentos do Corinthians no mercado, mas defende que a estratégia do presidente Augusto Melo é demonstrar ao mercado um novo clube, capaz de encerrar os rumores e abrir novas portas de negociação.

"Anunciar o maior patrocinador do Brasil não é contra senso para atrair devedores? Pode até ser, mas a gente precisava mostrar para o mercado que estamos no jogo", defendeu Yun Ki Lee.

Relação com os empresários

Alguns dos maiores problemas do Corinthians nos últimos anos se deram por conta de dívidas com empresários. Segundo Yun Ki Lee, porém, a ideia da nova diretoria é agir de forma mais branda em relação aos profissionais e seus agenciados.

"Não é só o meu pensamento, mas o do presidente e de qualquer outro diretor: não vamos demonizar nenhum empresário, nenhum jogador ou patrocinador", afirmou o diretor jurídico.

Para exemplificar as ações a partir daqui, Lee citou especificamente o caso de Carlos Leite, empresário de jogadores como Cássio e Fagner, que recentemente acionou o Corinthians na justiça para o pagamento de uma dívida de R$ 16 milhões de forma imediata.

"As execuções tão anunciadas do Carlos Leite, por exemplo, não achamos que ele é um problema, essa não é a questão. Houve dívida que ele cobrou e a gestão passada assinou uma confissão de dívida, vamos procurar pagar na medida do que a gente consiga, e não ficar fazendo acordos para inglês ver", disse Lee.

O caso Rodrigo Garro

Ainda durante a entrevista, Yun Ki Lee detalhou o caso de Rodrigo Garro, jogador contratado pela nova gestão que teve sua estreia adiada devido a problemas na liberação de documentos do Talleres, seu antigo clube . Na época, o jogador não pode ser regularizado para iniciar a temporada de 2024 em campo, e só pôde debutar pelo Timão na sexta rodada do Campeonato Paulista.

"Para falar do Talleres, foi fechado um acordo de lá para que o clube recebesse o valor líquido. A gente fez o que é chamado de gross up, quando se acrescenta por volta de 15% e que o valor emitido cairia do jeito que foi fechado, mas o outro lado queria também o gross up. O Corinthians contava com a razão jurídica, porque era valor bruto e não valor líquido. Ou seja, o que eu remetia do Brasil para o exterior ia se submeter ao imposto descontado na fonte e também o IOF. Mas o sujeito queria receber", justificou.

O Corinthians e o jogador recorreram à Fifa para que a documentação do atleta fosse enviada corretamente e ele, então, pudesse jogar.

Veja mais em: Processos do Corinthians e Diretoria do Corinthians.

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