Apresentado neste sábado pelo Corinthians , o lateral-direito Matheus França esclareceu suas principais funções em campo. Apesar da disposição, o defensor afirmou que não passa pela cabeça atuar do outro lado do campo.
“Sinceramente, joguei uma ou duas vezes na lateral esquerda, mas não passa pela minha cabeça jogar nessa posição. Tenho certeza de que tem jogadores aqui que são capazes de fazer essa função, mesmo faltando alguns (por lesão), mas minha posição é lateral-direito. Acaso algum dia o professor precisar, estarei disposto, mas prefiro estar na minha posição”, disse em entrevista coletiva no CT Joaquim Grava.
A discussão vem à tona após os problemas na lateral esquerda do Timão. Hugo não tem se destacado no setor e Palacios lesionou o joelho em sua estreia, fazendo com que António Oliveira utilizasse o zagueiro Caetano na posição. Embora seja improvável a utilização de Matheus na esquerda, ele reforçou a vontade de se dedicar jogando no seu clube do coração, experiência que terá um gosto especial.
“Vou ter essa experiência agora, mas pode ter certeza de que quando o jogador entra em campo ele estará representando o clube que veste. Pode ter um gosto especial, sim, mas independente se torço para o time ou não, pelo menos na minha visão, tenho de dar meu máximo, assim como no Flamengo, e aqui estarei dando meus 110%, porque quis estar aqui, vestir essa camisa, e desde o primeiro momento que entrarei em campo pode ter certeza de que vão ver o melhor Matheus de todos os tempos”, comentou.
Anunciado na última sexta-feira , o lateral treinou com o grupo normalmente e está à disposição do treinador português para o Dérbi do próximo domingo , às 19h, na Arena Barueri, contra o Palmeiras - o Timão não divulgou a lista de relacionados. Matheus França, que atuou em apenas uma partida pelo Flamengo em 2024, disse estar em forma caso seja acionado.
“Espero que possa estrear no Dérbi, e se acaso acontecer será uma ótima oportunidade para mostrar (meu futebol). Sobre meu ritmo (de jogo), voltei para o Flamengo e cheguei até a atuar um ou dois jogos, então se o professor precisar eu estou muito bem fisicamente. Estava treinando em casa também, então se precisar de mim estou pronto. Não estou atualmente o melhor Matheus, porque estou sem ritmo de jogo, mas estou pronto se precisar jogar, estou treinando, e assim que tiver uma sequência estarei 100%”, reiterou.
Velocidade e assistências
Matheus França também revelou suas principais virtudes dentro de campo. De acordo com o lateral-direito, a chegada em velocidade e as assistências para os atacantes são os maiores predicados na parte ofensiva.
“Minha maior virtude é a chegada de trás, quando a bola está chegando ao ataque eu tenho a capacidade de chegar com muita velocidade e ótimos passes para dar assistência aos atacantes. É minha maior qualidade, e assim posso ajudar muito o clube e os atacantes a marcarem gols e ajudarem o Corinthians”, destacou.
O jogador terá a concorrência de Fagner e Léo Mana na lateral direita. Fagner, inclusive, é o único atleta da posição na Série A desde 2020 com mais assistências que Matheus França . Apesar da disputa, ele não tem preferência pela formação adotada por António, já que jogou no Flamengo tanto pelos lados quanto pela faixa central.
“Acho que independente da formação tática do professor (António Oliveira) passar temos de estar pronto para qualquer uma. Gosto muito de jogar por fora, mas se precisar que eu jogue por dentro, como um volante, estava acostumado a fazer isso no Flamengo, então qualquer formação que o professor priorizar temos de nos adaptar, porque ele quem comanda e nos orienta dentro do campo. O jogador tem de se virar para entrar no esquema dele, porque acho quando ele decidir qual o melhor esquema é porque também é o melhor para o clube”, falou Matheus França.
Cria da base do Londrina antes de ir ao time carioca, o lateral recebeu sugestões para trocar de função, já que atuava no ataque, pelo lado, e poderia ser "protagonista" na lateral. Desde então, relembra da mudança e é grato pelo que tem construído na carreira.
“Sempre joguei pelo lado, mais para o ataque, gostava de fazer muitos gols na base. Meu tio sempre pegou no meu pé falando para ir para a lateral. Até que teve um ano que um treinador meu chegou em mim e falou para eu tentar ir para a lateral por causa do meu rigor físico e chegada aos ataques. (O treinador) falou: ‘Para atacante você talvez seja apenas mais uma, mas para a lateral você talvez seja o cara’. Parei para pensar, fui adquirindo mais conhecimento da posição e deu certo, tenho de agradecer ambos, porque antes eu só pensava em marcar gols. Se não fossem eles talvez eu não estaria aqui no Corinthians”, complementou.