O Corinthians terá mais um problema pela frente. Rubens Gomes, diretor de futebol, e Fabinho Soldado, executivo, foram denunciados pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-SP) por oferensas proferidas à arbitragem durante a partida contra a Ponte Preta, que terminou com derrota do Timão por 1 a 0. O preparador de goleiros Luiz Fernando dos Santos também foi acusado por ofensas na partida.
Na ocasião, Rubens Gomes, conhecido como Rubão, e Fabinho Soldado apareceram na súmula do árbitro Matheus Delgado Candançan por terem, segundo o juiz, questionado decisões de arbitragem ainda no intervalo da partida. No documento oficial, Candançan afirma que Fabinho disse que ele estaria "inventando" ao dar a falta que originou o gol da Ponte Preta, e ainda teria dito que "aqui é sério".
Candançan ainda afirma que Fabinho o abordou novamente ao fim do jogo para reclamar sobre a punição com cartão amarelo que havia sido aplicada ao técnico António Oliveira.
Já Rubão teria, de acordo com o que foi relatado pelo árbitro, entrado no vestiário destinado à equipe de arbitragem durante o intervalo e dito que o profissional estava "de sacanagem", pedido para que ele "apitasse direito" e afirmado que não havia sido falta no lance que favoreceu a equipe de Campinas.
O preparador de Goleiros, Luiz Fernando dos Santos, também é citado no processo do TJD por ofensas proferidas ao longo da partida. Ele foi denunciado no artigo 243-F, que especifica ofensasa honra de alguém, que pode gerar multa de R$ 100 a R$ 100.000 e até 90 dias de suspensão.
Tanto Fabinho quanto Rubão foram enquadrados no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que acusa o profissional que "assume qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada nas regras deste código".
O Corinthians também será julgado pelas ações individuais. Segundo consta no processo, o Timão poderá ser condenado com base no artigo 213, sob acusação de "deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens na praça de desporto".
O julgamento acontece na próxima quarta-feira, a partir das 17h, e a promotora responsável pela ação é a Dra. Mariana Chamelette Luchette Cacichiolli. O processo corinthiano será o quarto a ser julgado no dia e, caso os diretores acusados sejam condenados, podem pegar de uma a seis partidas de suspensão.