Nessa sexta-feira, a desvalorização do real fez o dólar romper a barreira dos R$2.60, atingido o maior valor nos últimos 9 anos. Isso deve dizer bastante a respeito da próxima janela de transferências aqui no Brasil.

A desvalorização de quase 20% da moeda brasileira nos últimos meses faz com que qualquer importação (seja um livro, um Iphone, um zagueiro ou um centroavante) fique quase 20% mais cara, o que deve dificultar as finanças dos clubes brasileiros para a contratação de jogadores da América do Sul ou repatriar atletas que estavam na Europa.

Se compararmos, por exemplo os irmãos Romeros, Ángel foi contratado em julho de 2014 por 3 milhões de dólares, custando aproximadamente R$6.6 milhões. Seu irmão, Óscar Romero, que também tem (ou tinha) os direitos econômicos avaliados pelo mesmo valor de 3 milhões de dólares hoje custaria R$7.8 milhões, quase 20% a mais.

Assim como o final da década de 90 e o começo dos anos 2000, a economia fica boa pra vender jogadores. O próprio Alexandre Pato que foi contratado por R$40 milhões de reais pode até mesmo sair por um valor melhor se algum clube topar a oferta de 15 milhões de euros (quase R$49 milhões de reais na com o Euro valendo R$3.25), enquanto uma oferta de 10 milhões de euros renderia R$32.5 milhões pro Timão.

Só temos um porém: como será mais fácil exportar, até mesmo a concorrência interna deve subir, é comum jogadores de equipes brasileiras terem suas multas e direitos econômicos avaliados em Euros.

Parece que vai ter muito time, incluindo o Corinthians, voltando a olhar pras categorias de base.