Quando o assunto é pontos corridos, a regularidade é tida como ponto chave para uma campanha vitoriosa. Mais do que vencer os concorrentes diretos pelo título, a equipe campeã precisa, sobretudo, bater os times da parte de baixo da tabela. Pelo menos esse é o pensamento de Fábio Carille, que já viveu o contrário na pele, ainda como auxiliar.

"Em 2014, com o Mano, se tivesse uma regularidade com os menores, teríamos sido campeões. O extra-campo do clássico é mais forte, principalmente torcida e imprensa. Nós aqui seguimos essa linha. Naquele ano ganhamos de todos os grandes e perdemos contra pequenos. Por isso não vou priorizar jogos", relembrou o treinador em coletiva após a vitória por 2 a 0 contra a Ponte Preta.

O confronto contra os paulistas foi prova desse pensamento jogo a jogo. Ao contrário do que parte da torcida vinha pedindo, Carille optou por não poupar nenhum dos pendurados - Gabriel, Rodriguinho e Jô entraram em campo com dois cartões amarelos acumulados.

Agora com a cabeça no clássico, o comandante alvinegro sabe da importância e do tamanho da partida, mas reconhece que a vantagem construída tira um pouco do peso por uma vitória.

"Vai ser um jogo de muita concentração, de esperar, estamos 13 pontos à frente. Temos de jogar com isso. Se não der pra vencer, não perder e manter a diferença de pontos. Mas isso a gente vai falar durante a semana", afirmou

"Os clássicos mexem com a torcida, gostosos de se trabalhar. Nós temos que chegar do jeito que nós estamos, não jogar menos do que vem jogando e, se possível, jogar mais", concluiu.

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