No dia 05 de Março fará 50 anos que eu tive o privilegio de assistir pela última vez, em Ulrico Mursa, campo da Portuguesa Santista, o Pequeno Polegar jogar.

Eu tinha 12 anos e o meu pai me orientou para não comemorar gols de Timão, visto que assistiria o jogo na parte reservada a torcida da Portuguesa Santista. Por ser neto de Portugueses, eu e meu pai ficamos com meu avô, este sim torcedor da Briosa.

Não foi a primeira vez que fui ver o Corinthians 'in loco', mas foi um dia especial, pois já me considerava um Corinthiano 'roxo'. Acompanhava todos os dias notícias do Timão. Sabia de tudo sobre o Corinthians.

O goleiro era Marcial, contratado do Flamengo e goleiro da Seleção Carioca (naquele tempo havia jogos entre seleções estaduais). O lateral direito era Jair Marinho, contratado junto a Portuguesa de Desportos, juntamente com Ditão, e Nair. O Jair Marinho havia sido reserva do Djalma Santos na copa de 62. O Ditão era um bom zagueiro. Foi convocado para a copa de 66, mas quem se apresentou na seleção foi seu irmão de mesmo nome que jogava também de zagueiro no Flamengo.

O Galhardo e o Clóvis eram os quarto zagueiros e o Edson era um bom jogador que jogava de lateral esquerdo e volante. Posteriormente foi vendido ao São Paulo. O Maciel foi seu substituto na lateral esquerda.

O Meio de campo era formado por Dino Sani, que jogou a copa de 58, Nair era um meia com características defensivas, Rivelino...Rivelino foi somente o maior jogador que vi com a camisa do Corinthians. Ganhou somente dois títulos no Corinthians: Campeão do Rio/SP de 1966 e Campeão do Torneio do Povo de 1971, onde jogaram Flamengo, Internacional e Atlético Mineiro.

E LUIZINHO...como ele sabia tratar bem a bola. Mesmo com uma certa idade, o Luizinho mostrava sua habilidade. (Em 1994 foi homenageado pelo Corinthians com um busto seu, no jardim do Parque São Jorge)

No ataque, Marcos era o titular da ponta direita do Corinthians e da seleção paulista. Flávio, o minuano, grande goleador do Corinthians. Veio do Inter-RS e depois saiu do Timão para o Fluminense. Tales era o ponta de lança de boa técnica, veio da Ferroviária e Gilson Porto, ponta esquerda driblador.

O Corinthians venceu por 2 a 0. Para alegria minha e de meu pai e tristeza de meu avô.

Bons tempos...