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Conheça a 'tia que defende Romero com unhas e dentes' e abraça o Paraguai na Arena...

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Publicado no Fórum do Meu Timão em 09/03/2018 às 14:45
Por B Real (@louco.por.ti.corint1)

Conheça a 'tia que defende Romero com unhas e dentes' e abraça o Paraguai na Arena...

Se Ángel Romero deixou claro o incômodo com as críticas relacionadas a seu país que ouve desde que chegou ao Brasil, ele se sente abraçado na Arena Corinthians. O carinho é ainda mais caloroso no bloco 412 do setor Sul do estádio, onde, a cada partida, está Dona Wanda, torcedora de 68 anos.

É dela a bandeira do Paraguai que está sempre no mesmo local, atrás de uma das traves, e que Romero já usou para comemorar gols e deixou seu autógrafo – assim como o compatriota Fabián Balbuena. “Eu venho para o estádio sem dinheiro, mas sem a bandeira, não”, brincou ela, ao ESPN.com.br.

Wanda não tem nenhuma ligação com o Paraguai. É natural de Araçatuba, no interior de São Paulo, e hoje reside em São Caetano do Sul. Se incomodou, contudo, com os questionamentos a Romero desde quando ele chegou ao Corinthians, há quatro anos, em 2014. Resolveu, então, “adotá-lo”.

“Desde quando o Romero veio para o Corinthians, algumas emissoras, não vou falar todas, mas algumas, começaram a falar que o paraguaio não jogava, que era isso, aquilo, que não sabiam como o Corinthians ia contratar um paraguaio que só corria. Eu me ofendi, fiquei ofendida com isso.”

A torcedora se incomodava com as críticas, apesar das poucas chances que Romero tinha de atuar no início. Foi então que resolveu procurar uma bandeira paraguaia para sempre levar ao estádio.

“Eu estava querendo uma bandeira do Romero. Tenho uma amiga que viaja para fora, que tem uma irmã que mora no Paraguai e me mandou. As pessoas me conhecem como ‘a tiazinha da bandeira do Romero’”, relembrou.

E “a tiazinha” vai além da bandeira: faz questão de defender o atacante com “unhas e dentes”, como ela mesma diz. Concorda, por exemplo, com o desabafo que Romero fez sobre a xenofobia dos brasileiros e vê o mesmo problema com outros estrangeiros que já passaram pelo futebol nacional.

“Quando o Carlitos Tevez veio, foi a mesma coisa. Fazem isso com técnicos, os que vieram para os rivais do Corinthians. Falam, falam, falam, secam, secam, e (eles) acabam não dando certo. Mas o Romero vai dar certo, porque ele tem uma tia aqui que o defende com unhas e dentes.”

“Romero, o que você falou, eu assino embaixo. Cada vez que alguém falar alguma coisa para você, você tem que retrucar mesmo, não leva desabafo para casa não, não leva desabafo para o Paraguai, que eu estou aqui para te defender”, continua Wanda, reconhecida pelos paraguaios do elenco.

“A gente sabe que a dona Wanda está atrás do gol com a bandeira, até ficamos surpresos quando soubemos que era brasileira, achávamos que era uma família paraguaia, ficamos felizes pelo carinho. A gente sabe que a maioria dos brasileiros é receptiva”, contou Balbuena.

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