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Campeão mundial sem contrato, Gilmar Fubá teve previsão de seis meses de vida, venceu câncer e hoje

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Sandra 162.209 posts

Publicado no Fórum do Meu Timão em 14/01/2020 às 07:47
Por Sandra Lima (@sandra.lima4)

'Antes eu não queria falar sobre isso. Não era o meu momento. Não queria que a imprensa usasse isso de forma sensacionalista. Agora eu estou pronto para falar e sei que minha luta pode ajudar outros que encontram-se na mesma situação', disse Gilmar, relembrando que uma luta que começou há quatro anos.

'Jogando pelo masters do Corinthians eu acabei quebrando o braço direito. Fiz três cirurgias e o osso não segurava a placa. Também começou a nascer uns caroços pelo corpo. Até que um dia eu fui internado com uma pneumonia muito forte e descobri que meus dois rins estavam parados', disse.

'O doutor Joaquim Grava me visitou e ficou surpreso: 'Como um negão forte assim, que caia, dava carrinho e já levantava pra outra quebrou os dois braços rapidamente e é internado com pneumonia?'. Aí ele ne aconselhou a fazer uma biopsia. E descobriram que eu tinha um câncer muito raro'.

'O câncer é tão raro que inicialmente falaram que eu tinha um linfoma. 'O que é isso?', perguntei. A médica disse que era o mesmo câncer que o Edson Celulari e Reynaldo Gianecchini estavam tratando. 'Ah, então só dá em cara bonito, estou tranquilo', respondi', disse, aos risos.

'Passou um semana e ela me procurou para dizer que não era linfoma. 'Tá vendo, era muito bom para ser verdade. Isso só dá em cara bonito', respondi. Ela explicou que o que eu tinha se chama mieloma múltiplo. Fiz um exame chamado pet-scan. Descobrimos que da cintura para cima eu não tinha nenhum osso inteiro'.

'O câncer já tinha comido tudo. A doença só não me matou porque eu era muito forte. A médica falou para o doutor Joaquim Grava que eu tinha seis meses de vida, mas ele não me avisou. Eu fiquei internado e fui recebendo visitas. Quem ia me ver imaginava que me veria debilitado, pra baixo, mas me encontrava feliz, brincalhão', revelou.

Talvez Gilmar Fubá não sabia, mas foi justamente a força mental que o ajudou a superar o duro diagnóstico e a enfrentar a doença.

'Todos os dias eu acordava e visitava os outros quartos do hospital. O médico dizia que eu não podia porque estava vunerável. Eu não queria saber. Eu ficava animando as pessoas. Paciente não tem que fazer fisioterapia? Então, eu ia de quarto em quarto chamando os pacientes, fazendo fila, mandando levantar as pernas, os braços'.

'Tinha um senhor corintiano que até tinha viajado para o Japão para ver o Corinthians ser campeão mundial em 2012. Ele ficou sabendo que eu estava no hospital e quis me conhecer. Ele me disse: 'Será que vou ver o Corinthians campeão de novo?'. Eu falei: 'Se você ficar deitado nessa cama não vai, irmão. Vamos levantar'. Aí a esposa dele disse que ele não andava querendo comer. Eu briguei: 'Você tá doente, tá fraco e não quer comer? Tem de comer, se alimentar. Pode sair da cama''.

Não teve um dia que Gilmar Fubá tenha se entregado. Todos os dias manteve-se firme, animado e forte mentalmente. Contrariou a previsão médica. Sorridente, hoje conta o que todos os amigos queriam ouvir: 'Eu venci o câncer. Estou curado. Agora estou operando os braços que quebrei'.

A maior lição que essa história deu para Gilmar foi a de encarar os problemas, não se abalar e ser grato ao que tem e aos amigos que ajudaram.

'Todo tempo que tenho, eu quero estar com a minha família, quero estar com amigos que me ajudaram, como o Andrés, o Yamada, o Nei, o doutor Joaquim Grava, e o Corinthians, que é a razão disso tudo', disse o ex-jogador, que vem trabalhando justamente pelo futuro do clube do Parque São Jorge.

Gilmar Fubá faz parte do departamento captação do clube. Com outros profissionais, ele busca talentos para a base alvinegra. Joias que possam ser trabalhadas, que possam ter a oportunidade de mudar de vida e trazer resultados esportivos ao Corinthians no futuro.

Um trabalho que prevê que dará frutos daqui a dois ou três anos. Então, vida longa, Gilmar Fubá!

Gilmar segura a taça do Mundial, enquanto Marcelinho beija o troféu, no Maracanã GettyImages.

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Responder tópico

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Fernando 63 posts

@fernando.fantim1 em 14/01/2020 às 20:16

Lenda

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Marcos 6.440 posts

@marcos.melo11 em 14/01/2020 às 18:34

Joguei com ele e seus irmão na vargea em São Mateus, seus irmãos jogavam bem mas ele era grosso pra caramba, KKK mas teve competência para se profissionalizar e atuar no time de coração, éramos moleque, agora ele como olheiros, humm sei não será que Ronald e parente kkkk

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Elias 689 posts

@ze.elias em 14/01/2020 às 17:41

Eu vi ele joga!é era dá hora

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Kauê 9.181 posts

@kaue.rabello em 14/01/2020 às 17:15

Deve ter descoberto a fosfoetanolamina, o câncer tem cura, mas se as pessoas souberem disse, o prejuízo será de muitos bilhões, e isso a indústria mafiosa dos hospitais não querem de jeito nenhum

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Sérgio 16.130 posts

@sergio.libanori em 14/01/2020 às 17:12

História emocionante de quem está acostumado a lutar, vencer e nunca desistir. Não era craque, mas foi um dos jogadores mais raçudos da história do Corinthians. Parabéns, Gilmar ' fubá '!

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Robson 10.745 posts

@robsonpacheco em 14/01/2020 às 17:12

Em lágrimas...

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Ricardo 2.629 posts

@adamantina em 14/01/2020 às 15:55

Gilmar Fuba grande história no futebol e de vida.Se jogasse hoje no Timão seria queimado pelas novas gerações de torcedores, que são sem paciencia, não sabem esperar querem tudo e rápido.Nao sabem brigar pelas conquistas, cheios de mimimi.Gilmar fuba foi um dos últimos jogadores raizes que tivemos, não foi um virtuoso da bola, mas sempre jogou com raça e vontade, com certeza ele venceu a doença principalmente por esta raça e força interior dele, não se deixando abater.Que sirva de exemplos p todos nos.

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Rafael 7.817 posts

@aizemberg em 14/01/2020 às 14:25

Gilmarrrrr fubá jacenirrrrr o Wilson mano