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Fórum do Corinthians

Carille, não, eu não faria igual

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Publicado no Fórum do Meu Timão em 23/05/2018 às 00:30
Por O Mais Louco do Bando (@guilherme.nunes11)

Muitos alegam que diante de uma oferta de salário maior, qualquer um sairia, qualquer um faria igual. Discordo.

Todos nós temos formas diferentes de posicionar prioridades em vida. Em um exemplo à nível profissional, alguns colocam o dinheiro em primeiro lugar, conheço exemplos que colocam o sentimento criado e o apego ao local, funcionários e laços criados.
Outros, visando um crescimento profissional vão em busca de prestígio e visibilidade. Alguns amam seus locais de trabalho pela cultura única do local e país, como a comida, língua, enfim...
Tal processo de apego material, assim como a maioria dos fatores que formam a personalidade do ser, se criam durante o seu desenvolvimento, desde criança ao início da fase adulta, sob influência de variáveis externas como, família, local de crescimento, condição socioeconômica etc.

No caso de Carille, à partir de hoje sua carreira apequena-se. Indo para o inexpressível mundo Árabe, abre mão de convites muito mais vantajosos para sua carreira (financeira, profissional, cultural) que pudessem ocorrer no futuro e que iriam acontecer inevitavelmente.

Talvez, como técnico novo que é, pudesse vir a ser um treinador brasileiro de sucesso na Europa, talvez Espanha ou quem sabe Portugal onde começou Mourinho, se a dificuldade for a língua. Se sua prioridade fosse o crescimento em sua carreira, talvez aprendesse inglês e almejasse vôos grandiosos.
Quem sabe se ficasse no Corinthians e apegado à paixão dos torcedores e a cultura de um âmbito familiar, viesse a ser o maior técnico de nossa história, ainda por cima criado na base.

Mas ele só priorizou o dinheiro.
Estranho brilho nos olhos dos pais ao falarem do assunto em entrevista, deslumbrando-se em falas sobre valores e possíveis ajudas financeira futuras.
Como se no Corinthians ele não ganhasse o suficiente para ter um excelente padrão de vida, a ainda proporcionar regalias à família que 99% da população não tem. Mas para alguns, somente o digno não basta, para outros nem o luxo basta.

O que é viver bem? Ter o suficiente para ser feliz?

Cada um tem seus próprios critérios de decisões, e eu, se técnico do meu time de coração, não faria o mesmo.
Não trocaria o prestígio e paixão, reconhecimento e respeito por dinheiro.
Pode-se alcançar isso lá em suas devidas proporções? Evidentemente.
Mas não seria Corinthians, e eu sou Corinthians.

E se ele sair sem ao menos se despedir ou permitir que a torcida preste agradecimentos, deixando o comando do time para o seu auxiliar logo no próximo jogo... Irá partir com ele parte do meu respeito.

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