Corinthians vê como "difícil" renovação de patrocínio com banco PanAmericano
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O Corinthians informou que os pagamentos do PanAmericano ao clube nunca atrasaram e que "tudo continua igual", apesar dos problemas do banco. A Folha apurou que o contrato, porém, deve "ser muito difícil" de ser renovado.
O PanAmericano precisou de um aporte de R$ 2,5 bilhões do Grupo Silvio Santos, seu principal controlador, para continuar a operar após a detecção de fraudes, identificadas pelo BC (Banco Central).
O contrato foi assinado com o Corinthians em fevereiro deste ano, com duração de um ano, e vai render ao time paulista R$ 7 milhões no período.
O PanAmericano tem sua marca estampada nas costas da camisa corintiana, logo abaixo do número.
O banco já havia patrocinado o clube no ano passado, e chegou a contar com Ronaldo como garoto-propaganda.
CRISE NO BANCO
O empresário Silvio Santos deu como garantia para obter empréstimo praticamente todo seu patrimônio empresarial. Para conseguir os R$ 2,5 bilhões do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), entraram 44 empresas subordinadas à holding SS Participações, entre elas o SBT, sua participação no banco PanAmericano, a Jequiti, a Liderança Capitalização e o Baú da Felicidade.
O valor contábil de todas as empresas é de R$ 2,7 bilhões.
O FGC foi criado em 1995 para ressarcir os depositantes em caso de quebra de bancos. Em 2005, o fundo passou também a comprar carteiras de instituições com problemas de liquidez, papel que, depois, assumiu durante a crise de 2008. O socorro, por meio de empréstimo, é inédito na história do FGC.
Segundo o presidente do conselho do FGC, Gabriel Jorge Ferreira, se não emprestasse o dinheiro, o banco sofreria intervenção e posterior liquidação. Nesse caso, teria de cobrir R$ 2,3 bilhões para os segurados.
Enviado por: will2s