A possibilidade de que o projeto do estádio corintiano em Itaquera seja escolhido como sede da abertura da Copa está incomodando as demais candidatas. Em carta endereçada à Fifa, nesta sexta-feira, o atual governador do Distrito Federal cobrou isonomia no processo de escolha do local que abrigará o primeiro jogo em 2014.

“Nós todos estamos cientes das tentativas de influência política na decisão da FIFA, e a mídia tem sido capaz de nos apresentar cenários completos de valores indesejáveis que têm sido empregados na disputa. Assim, todos nós esperamos que a FIFA esteja consciente do tipo de mensagem errônea que poderia ser passada à população se uma decisão baseada em influências obscuras for tomada”, diz um trecho do documento, assinado por Rogério Rosso, atual governador distrital.

Brasília, ao lado de Salvador e Belo Horizonte, estava na briga com São Paulo pelo posto de sede da abertura da Copa do Mundo. Oficialmente, todas as cidades seguem na briga, mas a reunião na última segunda entre Ricardo Teixeira, presidente da CBF, Alberto Goldman, governador de São Paulo, e Gilberto Kassab, prefeito da capital paulista, deu certa vantagem ao projeto de Itaquera.

O evento serviu para oficializar o interesse do Corinthians em sediar a abertura. Com o pedido formal do clube, o Comitê Organizador Local (COL), também presidido por Ricardo Teixeira, aguarda a aprovação do projeto e a garantia financeira para tomar uma decisão. O próprio cartola admite, no entanto, a preferência por São Paulo.

Na esteira da repercussão da reunião da última segunda, Brasília já deu sinais de que pode mudar seus planos caso perca a corrida. O estádio Mané Garrincha, planejado para 70 mil pessoas, pode ter a capacidade reduzida para 40 mil, segundo Agnelo Queiroz, governador eleito do Distrito Federal.

Antes disso, porém, Brasília mostra interesse em endurecer a briga pelo jogo inaugural. “Estávamos em esforço permanente para cumprir todas as exigências do Comitê Organizador da Fifa para a Copa 2014 quando fomos surpreendidos por informações divulgadas amplamente pela imprensa brasileira de que supostamente o Comitê já havia se decidido pela escolha de São Paulo para sediar o Mundial. A nossa surpresa foi ver que a escolha se baseia em um estádio que não possui sequer um projeto pronto para a sua construção, não há previsão de fonte de financiamento e a possibilidade de sua entrega é prevista apenas para o fim de 2013”, disse Rosso, em carta endereçada a Joseph Blatter, presidente da Fifa.

Fonte: UOL Esporte

Enviado por: will2s