Análise: Corinthians tem noite heroica e Vítor Pereira merece os créditos por isso
20 mil visualizações 127 comentários Reportar erro
Por Tomás Rosolino
Cássio é um monstro, isso todos sabem. O Corinthians é um raro time brasileiro que não pipoca para o Boca Juniors, isso todos sabem também. Agora, classificar-se com uma legião de lesionados, aumentada durante o jogo e precisando mandar a campo simplesmente quem tinha condição de correr, não importando a posição, isso só o Vítor Pereira sabe.
É uma hipérbole, óbvio, mas o treinador corinthiano fez o que era possível com o elenco que ficou à disposição. O Corinthians que começou o jogo teria uma ou outra chance de fazer o gol, principalmente no escape do ótimo Mantuan. O que terminou o jogo não tinha a menor condição de finalizar uma bola sequer.
Eram três laterais-esquerdos, três zagueiros, dois volantes e dois atacantes, sendo que um deles nunca tinha atuado como titular profissionalmente até o último final de semana. E esses caras não tomaram nenhum chute a gol na última meia hora da partida.
Não é o melhor Boca da história os mais críticos vão dizer, mas era o Boca completo pela primeira vez na temporada contra um arremedo de time. VP ajustou uma dificuldade defensiva pelo lado esquerdo durante a partida e, mesmo precisando usar duas paradas por lesão, foi gigante.
O Corinthians só deu duas chances claras de gol ao Boca Juniors, menos do que os argentinos deram ao Timão na Neo Química Arena. Uma delas foi o pênalti batido por Benedetto. O outro foi o único contra-ataque cedido, que o mesmo Benedetto isolou na marca do pênalti.
Individualmente, mérito gigante ao zagueiro Gil, que anulou as chegadas do adversário e deu um respiro aos torcedores. Entrada providencial. Piton, atuando em três posições diferentes, também conseguiu reter a posse quando foi necessário.
E, claro, Cássio, decisivo mais uma vez ao pegar dois pênaltis batidos pelos adversário. Nota relevantíssima aos garotos Raul Gustavo, Roni e Piton que chamaram a responsabilidade ao bater pênaltis tão difíceis.