O torcedor corintiano, que há duas semanas chocou-se com o anúncio da aposentadoria do Fenômeno, começa a se encantar com a eficiência do praticamente recém-chegado Liédson. O apego da Fiel á um ídolo, elemento atrativo de público e mídia, e gol de marketing do Corinthians, pouco produziu de fato na última temporada, até o anúncio de sua aposentadoria, e agora, vê-se contrastado com a figura mais simples, com limitado apelo midiático do Levezinho, mas que tem se revelado letal no ataque corintiano.

A saída de Ronaldo tingiu a segunda-feira de 14 de fevereiro em tons cinzentos, dando um aspecto fúnebre para a nação corintiana, que havia acabado de presenciar o time ser eliminado da pré-Libertadores, e provocou um vazio singular na história do futebol, dada a grandeza do Fenômeno, com um impacto que extrapolou o Clube, ganhou o país, e o mundo. A expectativa sobre o futuro do Timão para o corintiano era incerta, e apesar do fanatismo e da idolatria, que turvava uma análise crítica da performance do atacante, inofensivo em jogos importantes, a sensação foi de uma grande perda, insuperável.

Nada como um dia após o outro: De repente, Liédson engatou uma seqüência de jogos que indica que vai rapidamente superar a de Ronaldo, e com 7 gols em cinco jogos, o jogador encaixou-se como uma luva no ataque do Timão; a sua movimentação em campo, ao contrario do imobilismo de Ronaldo, favoreceu o futebol de Dentinho, que voltou aos seus melhores dias, e o Timão surpreende no Paulistão, não tendo nenhum time grande á sua frente na tabela do Campeonato. Assim, o torcedor volta a se animar com o time, que ganhou ainda um bônus, que é a surpreendente personalidade com que o lateral esquerdo Fábio Santos assumiu a condição de titular, saindo-se melhor que Roberto Carlos, recentemente engajado no Exército Sem Fronteiras.

Enviado por: Dirceu Felipe de Barros