Governo federal será avalista do estádio do Corinthians
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O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não aceitou as garantias oferecidas pelo Corinthians e pela construtora Odebrecht para emprestar os cerca de R$ 400 milhões necessários para a construção da arena de Itaquera, futura sede da Copa de 2014 em São Paulo e palco cotado para receber a abertura do evento esportivo.
Com a negativa, o governo federal deverá ser o avalista do empréstimo, conforme apurou a reportagem do Portal 2014. Fonte ligada ao Corinthians garante que a solução encontrada pela diretoria do clube em conjunto com a empresa permitirá que a construção do estádio tenha início já nas próximas semanas.
A mesma fonte ressaltou que o fato de o governo ser o avalista do financiamento não significa que haverá dinheiro público nas obras do estádio.
Por telefone, a assessoria de imprensa do BNDES declarou que o banco não pode se manifestar a respeito de negociações que envolvam entes privados, como é o caso do Corinthians e da Odebrecht.
Mas revelou que até o final da semana passada (1) o banco não havia recebido formalmente o projeto e o pedido de empréstimo, passo fundamental para o início das negociações.
Entraves
Os recursos para financiar o estádio corintiano são apenas mais um dos entraves que impedem o pontapé inicial do empreendimento. O atraso levou até mesmo o presidente da Fifa, Joseph Blatter, a declarar na semana passada que a arena de Itaquera corre o risco de não estar pronta até o Mundial.
Das 12 arenas da Copa, apenas o Estádio das Dunas, em Natal, apresenta o mesmo nível de atraso do estádio corintiano.
Em público, a diretoria do clube garante que a terraplanagem começa até maio. Mas para isso, uma série de empecilhos burocráticos e operacionais terá de ser contornado em tempo recorde.
O menor dos problemas devem ser as licenças municipais. Isso porque o prefeito Gilberto Kassab afirmou mais de uma vez que fará todos os esforços, inclusive mudanças na legislação, para que o estádio saia finalmente do papel.
Também coube à prefeitura solucionar a falta de recursos para a construção do estádio. Incentivos fiscais do município complementarão o investimento da Odebrecht. Com isso, o clube pretende fechar os cerca de R$ 700 milhões necessários para o empreendimento.
Fora a questão do dinheiro, o Corinthians terá ainda que resolver pendências sobre a posse da área de 200 mil m2, cedida ao clube em 1988, e dos dutos da Petrobras que cruzam o terreno.
Enviado por: Josue Souza