Leandro Pedro
O Andrés já comentou sobre isso em podcast. O problema seria o custo de manutenção que praticamente dobraria para ter uma renda com pouca diferença. E talvez não teríamos um ganho tão grande de público médio. Visto que alguns conseguem pagar de forma esporádica o setor mais caro quando acabam os ingressos populares. Ou seja, poderia esvaziar os ingressos médios. Não é uma equação simples. Mas eu adoraria que fosse para 70 mil. Seria lindo.
em Bate-Papo da Torcida > Ampliação da Neo Quimica Arena
Em resposta ao tópico:
Estava aqui à toa nesse belo domingo e resolvi pesquisar sobre a média de público dos times da Série A. Como era de se esperar, a média do Flamengo estava bem acima dos demais com 55 mil torcedores por jogo, a nossa em segundo com 36 mil (dados do começo do mês de junho, podendo ter sofrido algumas alterações).
O motivo dessa diferença tão grande é clara e óbvia. Por mais que temos capacidade de 47 mil lugares no nosso estádio, temos áreas nobres que dificilmente lotam. Enquanto áreas populares estão SEMPRE cheias.
Resumindo, temos uma demanda alta por ingressos populares enquanto uma oferta limitada de lugares nesses setores. Setores norte e sul, aproximadamente 16 mil lugares a depender de termos torcida visitante ou não no setor sul.
Pensando assim, a solução me parece óbvia também, aumentar a capacidade do estádio. Pois bem, fui pesquisar a respeito das arquibancadas móveis da época da Copa.
Vi alguns vídeos no Youtube para entender como elas eram, já que eu não fui na Arena nessa época para conhecer. A conclusão que eu cheguei é que apesar de serem 'móveis' eram bem feitas e com uma boa estrutura.
Pesquisei também o preço delas, em 2012 achei uma entrevista do Rosenberg falando que elas custariam cerca de 35 milhões. Resumindo 35 milhões para acrescentar 20 mil lugares no estádio.
Fiz uma estimativa de que nos dias de hoje custariam aproximadamente o dobro, 70 milhões, por motivos de inflação e correção.
Se os dois lados custam 70 milhões, logo fazer apenas um dos lados (atrás da norte das organizadas) custaria 35 milhões, vamos arredondar para 40, já que seria algo permanente e eu faria algumas coisas diferentes das móveis da Copa por conta de estética.
40 milhões para 10 mil lugares a mais, para uma demanda reprimida que temos de torcedores que querem um lugar a preço popular, mas não consegue pois está sempre cheio. PAra mim é um investimento que faz sentido.
A conta que fiz foi a seguinte, se desses 10 mil lugares a mais nós conseguíssemos colocar uma média de 8 mil durante o ano todo, com 35 jogos em casa por ano a um preço de 40 reais o ingresso de média estamos falando de 11,2 milhões de reais. Tirando 25% em gastos extras sobrariam 8,4 milhões.
8,4 milhões de renda por ano com um investimento de 40 milhões, estamos falando de uma renda de 21% ao ano. Em 5 anos o investimento se paga, além de democratizar mais ainda a Arena, trazendo torcedores de baixa renda, e claro, aumentando a pressão nos adversários nos jogos.
40 milhões pra um time como o Corinthians não é muito, uma venda como a do João Victor que está se desenhando para essa temporada a 8 milhões de euros livres para o Corinthians já paga esse investimento com sobra.
Entendo que seja um investimento que requer planejamento e não é de um dia para o outro, mas hoje com o pagamento da Arena já totalmente equacionado, penso que é um assunto que tem que ser pensado e debatido cada vez mais.
Lembrando que são valores e estimativas que eu deduzi podendo variar para mais ou para menos.
Sonho um dia ver nossa arena com 67 mil torcedores empurrando o Coringão.
VAI, CORINTHIANS
