“Vai ser legal enfrentá-lo. É um grande amigo, uma pessoa que respeito. Ele escolheu o lado dele, achou melhor sair do Corinthians', disse o goleiro.
Eleito o melhor jogador do Mundial de Clubes de 2012, o goleiro Cássio ainda não deixou as marcas das suas mãos na Calçada da Fama do Parque São Jorge muito em função do peruano Paolo Guerrero, o autor dos gols daquela conquista. Ambos seriam homenageados pelo Corinthians em novembro de 2014, porém a indefinição sobre o futuro profissional do hoje centroavante do Flamengo se tornou um empecilho para a iniciativa.
“A homenagem estava marcada, né? Infelizmente, não saiu. Não sei o que aconteceu. Ninguém comentou mais nada, e eu também não toquei no assunto. Quem sabe não possam fazer futuramente?”, comentou Cássio, em conversa com a Gazeta Esportiva.
A homenagem não estava apenas marcada. O Corinthians já havia até preparado placas e moldes para colocar Cássio e Guerrero ao lado de outros ídolos celebrados na Calçada da Fama do Memorial do Parque São Jorge. Oficialmente, a inclusão dos campeões mundiais de 2012 acabou adiada em 2014 por questões logísticas – centenas de torcedores estavam no auditório do clube na ocasião, fazendo algazarra – e seria realizada “em outra data ainda não definida”.
Ao menos para Guerrero, a data continuará indefinida. O presidente Roberto de Andrade considera “deselegante” prestar homenagem para um jogador que atua por outra equipe, conforme avisou ao ser questionado sobre o confronto com o Flamengo de 25 de outubro, em Itaquera, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro.
“Falando bem honestamente, acredito que o Guerrero não será tão bem recebido pela torcida nessa partida, até por toda a repercussão da saída dele”, previu Cássio, pronto para frustrar o ex-companheiro. “Vai ser legal enfrentá-lo. É um grande amigo, uma pessoa que respeito. Ele escolheu o lado dele, achou melhor sair do Corinthians. Não sei direito o que aconteceu, só que não houve acordo ou algo assim. Mas espero que seja muito feliz, desde que não marque gol contra nós”, sorriu.
Ao contrário de Guerrero – que antes prometia não atuar por outro time do Brasil –, Cássio não se imagina fora do Corinthians. Aos 28 anos e com contrato válido até 31 de dezembro de 2018, o goleiro se inspirou nas recentes renovações dos compromissos do atacante Luciano (até o final de 2017) e do zagueiro Gil (2019) para prolongar ainda mais a sua trajetória como corintiano.