Post de André no fórum "Bate-Papo da Torcida" do Meu Timão

Cara, parabéns pelas palavras. Tenho certeza que o seu sentimento é o de muitos Corinthianos.

Abc.

Em resposta ao tópico: "Obrigado, Carille! Eu tenho o meu orgulho de volta!"

Eu já falei aqui que virei corintiano de verdade por causa do Neto. Também vibrei muito com o Marcelinho, com o Dinei. Já em 2000, eu fiquei tão nervoso que indo pra Paulista depois do jogo eu vomitei todo o busão. Em 2007 eu só não chorei porque estava com um santista, um são paulino e um palmeirense perto de mim. Meu pai estava do meu lado, e vi nos seus olhos que ele também estava segurando o choro. Eu só lembro de ver meu pai chorar quando meus avós morreram e quando o Senna morreu. Já em 2012 eu tinha certeza que era nosso, foi só alegria.

Mas em 2013, com a tragédia de Oruro, eu perdi um pouco do corintiano cego, com amor incondicional que eu era. Eu meio que parei pra fazer uma auto análise. Parei de ver futebol, parei de acompanhar. Mas eu não conseguia ficar sem ver jogos do Corinthians. Era uma espécie de vício. Aí veio a arena e toda a suposta falcatrua por trás dela. Veio o esquema na base, vieram denúncias diversas. Vieram todos esses nossos problemas políticos no país, essa corrupção generalizada. Eu sinceramente tinha perdido o parâmetro de retidão, do que é ter caráter. Eu estava começando a achar que o errado era eu, o trouxa.

E continuava acompanhando, meio envergonhado, esse meu vício. Parecia que eu revivia a época do Dualib, do Kia, da Hicks & Muse, do banco Excel.

E então veio 2017 e nós ganhamos do jeito antigo. Quarta força, com o técnico interino, desacreditados. Com pouco dinheiro, tentando pagar de maneira digna a dívida bilionária que nosso presidente megalomaníaco criou pra nós. Do jeito humilde de sempre.

Foi então que eu refiz a minha auto análise.

E hoje, eu vi o que o Dorival Júnior escreveu sobre o Carille. Eu nem sei o que dizer sobre o Carille, sério mesmo. Ele aprendeu a montar time e defesa com o Mano, e acho que lapidou seu caráter com o Tite. O nosso treinador é um cara fantástico. Eu vou guardar com carinho para o resto da vida o que o Carille é hoje.

Na falta de um exemplo, pra contrastar com todo o lixo que a gente vive, nós temos dois. Primeiro o Tite e agora o Carille. Pequenos gestos que mostram que ainda dá pra ter fé na humanidade. Sem precisar de trapaça, sendo homem/mulher de fato, tendo palavra, tendo carinho.

Eu voltei a ser o Igor que eu era em 1990, caçando centroavante no mercado e tentando mandar para o CIFUT, escrevendo aqui, acompanhando tudo quanto é coisa do meu time.

Eles devolveram o meu orgulho de ser maloqueiro e sofredor, Graças a Deus!


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