'Comprar como se fosse lixo, vender como se fosse ouro'.

A frase acima, de Henry Ford, parece ser justamente o contrário das negociações recentes do nosso clube. Como torcedor, nós sempre procuramos lógica em negociações do nosso clube, mas às vezes fica difícil entender.

Em 2015, perdemos Paolo Guerrero, de graça. Fábio Santos e Petros também saíram, e lucramos quanto com isso?

Neste ano, parece que tudo piorou: Ralf e Vagner Love vão sair por 1 milhão de dólares cada um, valor abaixo do que o Palermo pagou por Matheus Cassini, o garoto que até hoje nunca jogou como profissional.

Mesmo com o dólar alto, Ralf e Love renderão juntos aproximadamente R$8 milhões, sem descontar impostos. O valor não garante nem a compra de Lucca, o meia que o Criciúma se negou a vender por R$6 milhões e exigiu R$9 milhões, um belo exemplo ao nosso Timão.

O fato dos atletas serem "fatiados" só piora a situação. Jadson e Renato Augusto foram embora e não encheram os cofres do Parque São Jorge. O campeão mundial Cássio também pode entrar nessa lista, as notícias são de que o clube só tem 60% dos direitos econômicos do goleiro, com multa estipulada em R$13 milhões.

A frase "quem não quer ficar, vai embora", deveria ser repensada pela diretoria. Contratos servem pra isso. Sabemos da situação financeira que o clube se encontra e da dificuldade de segurar atletas com propostas de salários três, quatro ou até cinco vezes maior, mas não conseguimos entender a multa rescisória tão baixa, vendendo como se fosse lixo.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.